Sexta-feira, 31 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 30 de janeiro de 2025
Em tom de forte crítica ao governo Lula, o presidente do PSD, Gilberto Kassab – partido que integra a base aliada -, afirmou que, embora considere o presidente Luiz Inácio Lula da Silva um candidato forte, ele não seria reeleito se o pleito fosse hoje. A declaração foi feita durante painel da Latin America Investment Conference, evento realizado pelo UBS e o UBS BB, no hotel Hyatt, em São Paulo. Kassab ainda chamou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de “fraco”.
“Se fosse hoje, o PT não estaria na condição de favorito. Eles perderiam a eleição”, declarou o dirigente. “Os partidos de centro estão criando uma alternativa para 2026.”
O presidente do PSD criticou os rumos da economia e Haddad. “Não vejo articulação para reverter piora no cenário. Não vejo hoje nenhuma marca boa, como teve FHC (Fernando Henrique Cardoso) e Lula nos primeiros mandatos”, afirmou Kassab.
“O sucesso da economia precisa de ministros da Economia fortes. Já tivemos FHC, Henrique Meirelles, Paulo Guedes. Eles comandavam. Hoje existe uma dificuldade do ministro Haddad de comandar”, declarou Kassab, que também é secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo. No governo Lula, o PSD ocupa três ministérios. “Haddad não consegue se impor no governo. Um ministro da Economia fraco é sempre um péssimo indicativo”, complementou.
Em pleno debate em torno da reforma ministerial, Kassab deixou clara sua insatisfação e elogiou o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem classificou como “candidato forte” no ano que vem. O teor das declarações do presidente do PSD diverge bastante do tom adotado em outubro passado, quando afirmou que “enfrentar Lula nunca é fácil” e que, em sua avaliação, o petista seria candidato em 2026.
Resposta de Lula
Nesta quinta-feira (30), durante coletiva de imprensa, Lula defendeu o ministro Fernando Haddad. Ele lembrou seu histórico de defesa do superávit primário em outros mandatos, disse que rombo só existiu na gestão passada, sem nunca citar o nome de Jair Bolsonaro (PL), e afagou o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, apesar do aumento dos juros.
(Estadão Conteúdo)
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