Domingo, 24 de Novembro de 2024

Home Celebridades Eliana fala sobre educação rígida que recebeu dos pais: “Tapas e cintadas”

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Aos 51 anos e mãe de dois filhos, Eliana compreende a rigidez da educação que recebeu de seus pais. Em uma entrevista ao podcast da revista WOW na quinta-feira (10), a apresentadora do Saia Justa recordou os “tapas e cintadas” da infância e afirmou que não guarda ressentimentos. A ex-SBT também enfatizou seu passado humilde, uma fase que revisita frequentemente em suas memórias.

Mãe de Arthur, de 13 anos, e Manuela, de 7, Eliana compartilhou lembranças não tão “doces” de sua infância. Durante a conversa, ela reconheceu que apanhava dos pais, mas decidiu não repetir esse padrão com seus filhos. “Lógico que eu tomei uns tapas da minha mãe, mas hoje em dia eu não faço isso com os meus filhos”, observou.

Para ela, os pais, José e Eva, aplicavam essa disciplina severa por uma mentalidade antiquada de educação, que tinha pouca abertura ao diálogo. “Se a gente tivesse essa consciência lá atrás, eu tenho certeza que minha mãe teria me ouvido mais, que meu pai não teria brigado tanto, eu não teria tomado os tapas ou as cintadas que, às vezes, eu tomava. Eu e a maioria das crianças. Não estou falando só de mim e também não julgo e não culpo meus pais por isso, porque foi a educação que eles tiveram”, destacou.

Passado humilde

Entretanto, os “tapas e cintadas” que Eliana menciona a incomodavam menos que os olhares alheios. Antes de se tornar apresentadora, a cantora de “Os Dedinhos” enfrentou uma infância marcada por limitações financeiras e discriminação. “Eu vivi esse preconceito por ser uma criança mais simples, vivendo com crianças mais abastadas. E isso que faz o caminho, que a gente caminha pro resto da vida, infância, é o alicerce pra gente montar o que a gente é quando é adulto”, ponderou.

Apesar das lembranças difíceis, Eliana encara o passado com gratidão. “Eu não deixo de revisitar o meu passado, nem as coisas boas, nem as coisas ruins. Essas coisas ruins me fortalecem, sim, elas que me dão força”, afirmou.

Para a apresentadora do Saia Justa, sua criação simples teve um impacto positivo em sua capacidade de enfrentar obstáculos e na forma como vê o mundo. “Se eu tivesse sido uma criança superprotegida, talvez eu não teria chegado aonde eu cheguei, talvez eu não teria tido a força de correr atrás e ter buscado aquilo que eu acreditava para mim”, argumentou.

O carinho pelo passado é tanto que Eliana decidiu comprar um apartamento no mesmo prédio onde seu pai foi zelador, na época em que era criança. “Sabe a menina, a filha do seu José, da dona Eva, filha do zelador, que cresceu. E hoje, minha mãe mora no mesmo prédio aonde meu pai foi zelador. Eu comprei o apartamento para eles lá, então muitos moradores são daquela época. Eu encontro com eles no hall de entrada, na garagem, no elevador. Eles viram aquela criança crescer”, detalhou.

Quanto ao que a fez mal, ela prefere não remoer. Segundo Eliana, as dores existem, mas, com terapia e maturidade, é possível filtrá-las: “A gente, adulto, eu acho que consegue filtrar. Dói, é difícil, mas é também não deixar se seduzir pelo que te faz mal, é tentar canalizar as emoções. Não é fácil, mas aí são muitos anos de terapia. A minha terapeuta, foi uma das minhas professoras, é a minha psicóloga já de anos, desde a faculdade”.

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