Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 16 de novembro de 2022
Elon Musk enviou e-mail aos funcionários do Twitter informando que todos deverão aceitar uma cultura “extremamente dura” no que se refere ao trabalho nos próximos tempos na plataforma.
Os empregados receberam um aviso por e-mail com a seguinte frase: “Se você tem certeza que quer fazer parte do novo Twitter, por favor clique no botão ‘Sim’ abaixo”.
Ao fazer isso, o usuário era redirecionado para um formulário no qual Musk afirma aos funcionários que terá que ser “extremamente duro” para seguir em frente e que isso significava “trabalhar longas horas em alta intensidade”.
“Só uma performance excepcional vai garantir uma ‘nota de aprovação’”, concluiu.
O aviso, enviado à meia-noite de quarta-feira (16), deveria ser assinado até as 5h desta quinta (17) pelo horário do leste dos Estados Unidos (Eastern Time). Quem não cumprir esse prazo poderá se desligar da empresa, com uma indenização equivalente a três meses de salário.
Demissões
O e-mail de Musk chega menos de duas semanas após ele dar início ao processo de demissões que cortou 7,5 mil funcionários da plataforma.
No último dia 10, o bilionário enviou seu primeiro e-mail aos funcionários. No texto, ele instituiu o fim do home office para todos e disse para que se preparem para “tempos difíceis à frente”, segundo a Bloomberg.
O Twitter foi comprado por US$ 44 bilhões após seis meses de negociações bastante conturbadas.
Quem foi demitido recebeu o aviso pelo e-mail pessoal. Os que continuarem na empresa foram notificados pelo e-mail de trabalho.
Para garantir a segurança dos funcionários e dos dados e sistemas da empresa, os escritórios do Twitter foram fechados temporariamente e as credenciais de acesso foram suspensas.
O bilionário está redesenhando a estrutura empresa. Ele sustenta que vai defender a liberdade de expressão na rede social, mas ainda não deu muitos detalhes sobre como fará isso.
Twitter Blue
Musk, agora dono do Twitter, disse que o novo Twitter Blue com selo azul de verificação será relançado no dia 29 de novembro. “Adiamos o relançamento do Twitter Blue para 29 de novembro para garantir que seja sólido como um a rocha”, disse o bilionário em um tuíte.
O serviço de assinatura havia sido interrompido após o surgimento de perfis falsos de celebridades e de empresas com o selo de verificado.
Foram criados perfis falsos verificados do ex-presidente americano Donald Trump, do personagem Mario Bros (Nintendo) e do jogador de basquete Lebron James. Uma farmacêutica nos Estados Unidos chegou a registrar queda de 4% nas ações após um perfil fake da companhia (com o selo azul) tuitar que daria insulina “de graça”.
O Twitter Blue fornece recursos extras da rede social, como edição de tuíte, selo de verificado, entre outros recursos chamamos de “premium”. O serviço custa US$ 8 mensais (cerca de R$ 40) e, por enquanto, está disponível apenas nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália e na Nova Zelândia.
O selo era anteriormente concedido a contas verificadas de políticos, personalidades, jornalistas e outras figuras públicas. Mas uma opção de assinatura, aberta a qualquer pessoa disposta a pagar, foi lançada no início desta semana enquanto Musk tenta manter os anunciantes da rede social comprada por ele por 44 bilhões de dólares.
O Grupo Volkswagen pediu que suas marcas pausassem publicidade paga dentro da rede social. “Estamos monitorando de perto a situação [do Twitter] e decidiremos os próximos passos dependendo de sua evolução”, disse o conglomerado.
O movimento foi seguido por outras empresas, como Allianz, General Mills, General Motors e Gilead Sciences.
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