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Por Redação Rádio Pampa | 11 de novembro de 2023
Quando se fala de Enem, o pessoal de humanas e de linguagens começa com o pé direito, já que o primeiro dia é voltado para questões da área. Mas, neste domingo (12) é a vez da galera de exatas. Por isso, dicas sobre como interpretar enunciados e converter unidades de medidas são dois pontos fundamentais para fazer uma boa prova.
No segundo dia de Enem, os candidatos enfrentam 90 questões divididas entre matemática e ciências da natureza, que inclui as disciplinas de física, química e biologia. Apesar de a prova ser voltada para outra área de conhecimento, o primeiro passo para resolver os exercícios ainda é a interpretação de texto.
E a leitura nunca deve ser subestimada. Afinal, além de realizar cálculos e lembrar conceitos, o candidato precisa compreender o que o enunciado está pedindo.
“O mais importante é a leitura com essa visão interpretativa”, afirma o professor de matemática Rodrigo Serra, do Curso e Colégio Oficina do Estudante. É com essa leitura atenta que o candidato vai identificar os pontos chaves do enunciado que, muitas vezes, indica para o aluno o caminho e até mesmo a fórmula para fazer o cálculo.
“O mais importante em qualquer questão de exatas é ler com atenção quais são os dados, se possível, grifar, e ver como esses dados serão convertidos em informações para que você possa resolver a questão”, orienta o professor Serra.
Conversão de medidas
Um tema que o Enem e alguns dos grandes vestibulares gostam é a conversão de medidas. Por isso, não é de se estranhar caso um enunciado use um prefixo como “micro”, “mili”, “quilo” e “giga”. Mas o que isso significa?
Esses prefixos se referem ao Sistema Internacional de Unidades (SI) e estão relacionados a potências de 10: para converter para uma medida maior ou menor, basta, respectivamente, multiplicar ou dividir por 10.
Alguns exemplos (o ^ representa ao expoente da potência): o centi 10^-2; mili 10^-3; o kilo é 10^3; o mega 10^6; o giga, 10^9.
“Conhecer o sistema de unidades é conhecer os símbolos que estão por trás e as potências que podem estar associadas a esses símbolos”, explica Márcio Miranda, professor de física do curso pré-vestibular Oficina do Estudante.
No SI, existem sete unidades básicas de sete: comprimento (metro), massa (quilo), tempo (segundos), corrente elétrica (Ampere), temperatura (Kelvin), quantidade de substância (mol) e intensidade luminosa (candela). A candela nunca apareceu no Enem, mas o professor Miranda dá uma dica. “Tem a ver com a intensidade luminosa, e candela lembra o candelabro, que é um suporte para colocar vela”, diz.
O professor também elencou as unidades mais importantes para a prova física e química.
“Na mecânica, o metro, o quilograma e o segundo. Para o mundo da eletricidade, Ampere é extremamente importante. Para o mundo térmico, a temperatura. E para os professores de química, o mol na quantidade de matéria”, explica Miranda.
E atenção: Ampere e Kelvin, que representa a temperatura, são as únicas representadas por letras maiúsculas, pois fazem referência ao nome de pessoas.
Além disso, as unidades não fundamentais — aquelas que não foram citadas anteriormente — também podem dar dicas sobre as fórmulas a serem usadas. Um exemplo é a densidade.
“Quando vejo que ela está dada em quilograma por metro cúbico, eu sou capaz de pensar de trás para frente que a densidade precisa ser medida em quilograma por metro cúbico. Quilograma é dimensão de massa, metro cúbico é volume. Então, eu recupero a fórmula da densidade como sendo massa sobre volume”, explica.
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