Sábado, 21 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 22 de setembro de 2024
O Hezbollah é um movimento islâmico apoiado pelo Irã com uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio. A principal base do grupo fica na fronteira entre Israel e o Líbano, onde as consequências da guerra entre Israel e Hamas são palpáveis. Desde o início da guerra em outubro de 2023, o Hezbollah e Israel estão envolvidos em trocas agressivas, colocando toda a região no fio da navalha para um conflito regional mais amplo.
Mas, ao longo das últimas décadas, esse não é o primeiro conflito entre Israel e o grupo libanês. As forças israelenses tomaram quase metade do território libanês quando invadiram o país em 1982. Isso incluiu Beirute, onde as forças israelenses, juntamente com milícias cristãs libanesas de direita aliadas a Israel, sitiaram a parte ocidental da capital para expulsar os militantes palestinos.
A operação de Israel resultou em mais de 17.000 mortes, de acordo com relatos contemporâneos e um inquérito israelense sobre um massacre no campo de refugiados de Sabra e Shatila, em Beirute. Isso faz do episódio um dos eventos mais sangrentos da história recente da região.
A investigação, conhecida como Comissão de Inquérito Kahan, responsabilizou Israel indiretamente pelo massacre realizado pelos combatentes libaneses cristãos de direita. As estimativas para o número de mortes em Sabra e Shatila variam entre 700 e 3.000.
Ascensão do Hezbollah
Enquanto multidões de combatentes palestinos deixavam o Líbano, um bando de combatentes islâmicos xiitas treinados pela nascente República Islâmica do Irã irrompeu no turbulento cenário político libanês. O grupo desorganizado teve um impacto brusco e violento. Em 1983, dois homens-bomba ligados à facção atacaram um quartel da Marinha dos Estados Unidos em Beirute, matando quase 300 militares norte-americanos e franceses, além de alguns civis.
Um ano depois, combatentes ligados ao Irã bombardearam a embaixada dos EUA em Beirute, matando 23 pessoas. Em 1985, o grupo se uniu formalmente em torno de uma organização recém-fundada: o Hezbollah.
O Hezbollah faz parte de uma aliança maior de grupos apoiados pelo Irã. As organizações estão presentes no Iêmen, na Síria, em Gaza e no Iraque, que se envolveu em confrontos crescentes com Israel e seus aliados desde que a guerra com o Hamas começou em 7 de outubro de 2023.
A aliança disse que continuará atacando alvos israelenses enquanto a guerra em Gaza continuar, renomeando-se como uma “frente de apoio” para os palestinos na faixa, conforme descrito por um líder sênior do Hezbollah.
Líder assassinado
Após meses de trocas de retaliações, as tensões aumentaram quando Israel disse que matou o comandante militar mais antigo do Hezbollah, Fu’ad Shukr, com um ataque a Beirute em julho. Em retaliação, o Hezbollah lançou centenas de drones e mísseis contra alvos em Israel em agosto.
Israel negou que quaisquer alvos importantes tenham sido atingidos, e nenhuma evidência foi tornada pública para contradizer essa negação.
Refugiados
O aumento dos combates transfronteiriços forçou as pessoas a deixarem suas casas tanto no norte de Israel quanto no sul do Líbano.
Na terça-feira (17), Israel tornou um novo objetivo de guerra devolver dezenas de milhares de residentes do norte de Israel para suas casas perto da fronteira. Autoridades e residentes da região norte têm colocado pressão crescente sobre o governo israelense sobre a necessidade de retornar. Mais de 100.000 pessoas foram deslocadas do sul do Líbano, de acordo com o ministério da saúde libanês.
Novo ataque
O Hezbollah confirmou que seu comandante sênior Ibrahim Aqil foi morto na sexta-feira (20). Israel disse que Aqil estava entre as figuras seniores do Hezbollah que foram mortas em um ataque aéreo a um prédio residencial em Beirute. O Líbano já estava cambaleando depois que milhares de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah explodiram durante a semana, matando dezenas e ferindo milhares. As informações são da CNN Brasil.
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