Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 19 de fevereiro de 2025
A plataforma Rumble ganhou os holofotes no Brasil nesta semana após entrar com um processo contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), junto com a empresa Trump Media, ligada ao presidente Donald Trump. Protocolado em um tribunal federal na Flórida, a empresa acusa Moraes de censura e pede que as ordens de bloqueio aos aplicativos e perfis do Rumble sejam anuladas nos Estados Unidos.
Fundado em 2013 no Canadá, o Rumble é uma plataforma de compartilhamento de vídeos. Ele é comparável ao YouTube, embora sua popularidade seja bem menor. O app está listado na bolsa de valores Nasdaq desde 2021 e já recebeu aporte de US$ 500 milhões da Narya Capital, empresa de capital de risco do vice-presidente dos EUA, J.D Vance.
O app nasceu com uma proposta de ter menos moderação de conteúdo, o que serve de atrativo para quem publica ou transmite ao vivo material controverso. Outra característica da plataforma é a maneira com que ela remunera os criadores, que têm a opção de vender seus vídeos diretamente na plataforma. Ou seja: os usuários podem pagar para acessar conteúdos exclusivos.
Semelhante ao YouTube, o Rumble tem programas de publicidade que permitem aos criadores exibir anúncios em seus vídeos. Ele também oferece a possibilidade de licenciar conteúdo de mídias variadas, como emissoras de televisão e outros sites.
A plataforma ganhou notoriedade durante as eleições presidenciais dos EUA em 2020, quando atraiu personalidades e públicos com conservadores e de direita. No Brasil, um exemplo é o influenciador Monark, que após dizer no seu antigo programa, o Flow, que gostaria de ver um partido nazista brasileiro foi expulso do YouTube e de outras redes sociais.
Atualmente, a plataforma afirmar ter mais de 70 milhões de usuários e pode ser encontrada nas lojas de app da Apple e de celulares com sistema operacional Android, do Google. A plataforma também pode ser acessada pelo navegador. Entre as personalidades que mantém perfil no Rumble, estão o podcaster Joe Rogan e o presidente Donald Trump.
Processo
O caso que envolve Alexandre de Moraes chamou a atenção do CEO do Rumble, Chris Pavlovski, que publicou um recado no X onde afirma que “não cumprirá suas ordens legais”.
Pavlovski afirmou nesta quarta-feira, 19, que se vê com o ministro “no tribunal”.
Segundo as empresas que protocolaram a ação, Moraes violou a legislação americana ao ordenar à plataforma a suspensão da conta do blogueiro Allan dos Santos.
Foragido da justiça brasileira nos Estados Unidos, o bolsonarista é investigado pelo STF por propagação de desinformação e por ofensas a ministros da Corte brasileira.
Em dezembro de 2023, a plataforma foi desativada no país por discordar das exigências da Justiça brasileira, ela só conseguiu retomar as atividades em fevereiro deste ano. As informações são do portal Terra.
No Ar: Pampa Na Tarde