Domingo, 23 de Fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 17 de fevereiro de 2025
Auxiliares de Jair Bolsonaro preveem que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, deve denunciar o ex-presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dias. Com a expectativa da denúncia iminente, auxiliares do ex-presidente já começam a preparar reação. Bolsonaro, inclusive, deve permanecer em Brasília durante a semana para alinhar sua defesa.
A expectativa no Ministério Público é de que Gonet denuncie o ex-presidente antes do jantar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá com ministros do STF nesta quarta-feira (19).
A avaliação a é de que a denúncia sairá antes do jantar para não dar brechas a interpretações de que Lula teria discutido a peça da PGR com ministros do STF e Gonet, que foi convidado para o encontro.
A defesa de Bolsonaro tem esperança, no entanto, que o procurador-geral da República não denuncie o ex-presidente no caso das joias sauditas que ganhou de presente e vendeu no exterior.
Visão politizada
Em outra frente, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse, nessa segunda-feira (17), que julgará uma eventual denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro na Corte com “seriedade” e sem “visão politizada”. A declaração foi dada a jornalistas após o magistrado participar de evento em São Paulo. A expectativa é de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) envie sua manifestação sobre a investigação da tentativa de golpe de Estado nesta semana.
Questionado sobre uma possível denúncia a ser enviada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Barroso afirmou que “o Supremo vai apreciá-la como deve apreciar tudo na vida, com seriedade, examinando as provas”.
“O processo penal, sobretudo, é prova. Se tem prova, você decide num sentido, se não tem prova, você decide em outro. É claro que há uma dimensão política em certos assuntos”, ressaltou o presidente do STF.
Segundo o magistrado, um eventual julgamento será isento e com amplo direito à defesa dos envolvidos. “Portanto, a minha visão do direito em geral não é uma visão politizada, é uma visão fundada na integridade, no que é certo, justo e legítimo. É isso que eu acho que o Tribunal deve fazer”, declarou Barroso. As informações são do site Metrópoles e do jornal Correio Braziliense.
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