Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 27 de janeiro de 2022
Em estudo com mais de 400 mulheres pós-menopausa, os pesquisadores dividiram as participantes em três grupos. O primeiro grupo se exercitou durante uns dez minutos por dia, o segundo vinte minutos, e o terceiro quase trinta minutos. Seis meses depois, as mulheres do grupo dos vinte minutos diários tinham emagrecido, em média, 50% mais que as do grupo dos dez minutos. Mas as mulheres que se exercitaram trinta minutos por dia só emagreceram 7% mais do que as que se exercitaram dez minutos – e quase 30% menos do que aquelas que se exercitaram 20 minutos.
Mas, por que isso aconteceu?
A explicação para o resultado da pesquisa é mais simples do que pode parecer. Quanto mais nos exercitamos, mais energia gastamos e, consequentemente, sentimos mais fome. E é aí que está a armadilha: quando escolhemos os alimentos enquanto estamos com fome, temos a tendência a comer mais e pior, consumindo mais calorias do que queimamos.
Além disso, os pesquisadores apontaram que o exercício extenuante prejudica o revestimento intestinal, perturba as bactérias do sistema digestório e permite que endotoxinas bacterianas entrem na corrente sanguínea. Isso restringe o fluxo de sangue no trato gastrointestinal e provoca inflamações. As inflamações, por sua vez, provocam muitos problemas de saúde graves, como aumento do peso e doenças gastrointestinais.
Os benefícios do exercício moderado
Para obter resultados, portanto, não adianta passar horas na esteira – e tenho certeza de que não é isso que você planeja fazer! Ao contrário, a maioria das pesquisas indica que cerca de vinte minutos de exercícios moderados são ótimos para manter o abdome magro e tranquilo. E por que períodos menores de movimento regular fazem bem ao abdome?
1. Reduzem a perigosa gordura abdominal
Um estudo realizado na Universidade de Saint Louis mostrou que os exercícios moderados funcionaram melhor do que a restrição calórica para reduzir a perigosa gordura visceral. Em outro estudo, japonesas que praticavam períodos curtos de atividade física durante o dia apresentaram menos gordura visceral.
2. Ajudam a eliminar quilos para sempre
O Registro Nacional de Controle do Peso dos Estados Unidos, um banco de dados sobre quem perdeu pelo menos 13,5 kg e não os recuperou no decorrer de um ano, afirma que espantosos 94% dos participantes aumentaram a atividade física para manter o sucesso no emagrecimento.
3. Movem os músculos intestinais
Os músculos do trato digestivo são poderosos e fundamentais para manter tudo funcionando direitinho. Talvez você não sinta, mas os exercícios são bons tanto para os músculos do intestino quanto para aqueles que são visíveis nos braços, pernas e nádegas. Quando nos exercitamos, o coração bate mais depressa, e a circulação de sangue e oxigênio até as células do corpo inteiro aumenta, inclusive nos músculos intestinais. Isso estimula o peristaltismo, ou seja, o movimento ondulatório que faz a comida se deslocar pelo trato digestivo.
4. Aliviam os sintomas digestivos
Num estudo sueco de 2011, 102 pacientes com síndrome do intestino irritável foram divididos em dois grupos. Um deles foi instruído a aumentar a atividade física para vinte a trinta minutos, três a cinco vezes por semana. O outro grupo manteve os hábitos de sempre. Três meses depois, os participantes classificaram seus sintomas. O grupo que aumentou o tempo dos exercícios apresentou menos sintomas.
5. Interrompem inflamações
Num estudo com japonesas idosas, por exemplo, apenas doze semanas de exercícios de resistência reduziram de forma significativa o nível sanguíneo da proteína C-reativa, um marcador de inflamações. O mesmo aconteceu num estudo realizado pela Universidade Estadual da Louisiana com mulheres jovens e saudáveis que praticaram uma combinação de exercícios de resistência e tolerância muscular.
6. Reduzem o estresse
Quando nos exercitamos, o organismo produz endocanabinoides, substâncias reconfortantes naturais do cérebro (sim, são quimicamente semelhantes à Cannabis, ou maconha). O exercício também reduz o nível de adrenalina e cortisol, hormônios do estresse.
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No Ar: Pampa Na Madrugada