Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 3 de setembro de 2023
No último domingo (27), o apresentador Fausto Silva, o Faustão, foi submetido a um transplante de coração, aos 73 anos de idade. O procedimento foi necessário devido ao agravamento de um quadro de insuficiência cardíaca.
Ele está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. De acordo com informações do último boletim médico, Faustão Silva “continua evoluindo dentro do esperado”.
“A função cardíaca está normalizada e estável e, hoje, foram retirados o dreno e alguns cateteres, além de o paciente ter iniciado a fisioterapia”, diz o documento.
A cardiologista e intensivista Stephanie Rizk, especialista em insuficiência cardíaca, transplante cardíaco e coração artificial da Rede D’Or, Hospital Sírio-Libanês e médica da Cardio-Oncologia do InCor, e que não está envolvida no caso do apresentador, explica como é a recuperação de um transplante cardíaco.
Os pacientes permanecem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por, em média, 7 dias. Em seguida, são transferidos para um quarto. A alta ocorre após 30 dias da cirurgia, em média.
A principal preocupação logo após o transplante é prevenir a rejeição do órgão. Isso exige a administração de três tipos diferentes de imunossupressores, em altas doses. No entanto, isso também deixa o paciente mais vulnerável a infecções.
“O paciente está com o sistema imunológico suprimido e precisa receber os cuidados dados a alguém com imunidade baixa para evitar infecções”, diz Rizk.
Isso inclui cuidados com alimentação, como evitar comidas cruas de maneira geral e visitas com sintomas gripais.
Com o passar do tempo, a chave do tratamento é justamente encontrar o equilíbrio entre a imunossupressão e o risco de infecções.
Outros cuidados com a alimentação incluem evitar muito sal, comida gordurosa, açúcar, embutidos e enlatados.
A realização de exames periódicos também faz parte da rotina do paciente no período inicial pós-transplante cardíaco.
“São feitos exames de rotina enquanto ele está no hospital, desde exames de laboratório e imagem até biópsia miocárdica para para avaliar rejeição. Normalmente, a primeira biópsia é realizada duas semanas após o transplante e a segunda, após um mês”, explica a cardiologista.
A fisioterapia motora e respiratória é outro ponto fundamental da recuperação.
“O quanto antes for instituída a fisioterapia, melhor o desfecho do paciente. Ela já pode começar no ambiente de UTI, respeitando as limitações clínicas de cada paciente”, avalia Rizk.
“A fisioterapia respiratória é parte integrante dos cuidados do paciente cardiopata, tanto no pré quanto no pós-operatório, pois contribui significativamente para uma melhor evolução desses pacientes”, completa.
Por Redação Rádio Pampa | 3 de setembro de 2023
No último domingo (27), o apresentador Fausto Silva, o Faustão, foi submetido a um transplante de coração, aos 73 anos de idade. O procedimento foi necessário devido ao agravamento de um quadro de insuficiência cardíaca.
Ele está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. De acordo com informações do último boletim médico, Faustão Silva “continua evoluindo dentro do esperado”.
“A função cardíaca está normalizada e estável e, hoje, foram retirados o dreno e alguns cateteres, além de o paciente ter iniciado a fisioterapia”, diz o documento.
A cardiologista e intensivista Stephanie Rizk, especialista em insuficiência cardíaca, transplante cardíaco e coração artificial da Rede D’Or, Hospital Sírio-Libanês e médica da Cardio-Oncologia do InCor, e que não está envolvida no caso do apresentador, explica como é a recuperação de um transplante cardíaco.
Os pacientes permanecem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por, em média, 7 dias. Em seguida, são transferidos para um quarto. A alta ocorre após 30 dias da cirurgia, em média.
A principal preocupação logo após o transplante é prevenir a rejeição do órgão. Isso exige a administração de três tipos diferentes de imunossupressores, em altas doses. No entanto, isso também deixa o paciente mais vulnerável a infecções.
“O paciente está com o sistema imunológico suprimido e precisa receber os cuidados dados a alguém com imunidade baixa para evitar infecções”, diz Rizk.
Isso inclui cuidados com alimentação, como evitar comidas cruas de maneira geral e visitas com sintomas gripais.
Com o passar do tempo, a chave do tratamento é justamente encontrar o equilíbrio entre a imunossupressão e o risco de infecções.
Outros cuidados com a alimentação incluem evitar muito sal, comida gordurosa, açúcar, embutidos e enlatados.
A realização de exames periódicos também faz parte da rotina do paciente no período inicial pós-transplante cardíaco.
“São feitos exames de rotina enquanto ele está no hospital, desde exames de laboratório e imagem até biópsia miocárdica para para avaliar rejeição. Normalmente, a primeira biópsia é realizada duas semanas após o transplante e a segunda, após um mês”, explica a cardiologista.
A fisioterapia motora e respiratória é outro ponto fundamental da recuperação.
“O quanto antes for instituída a fisioterapia, melhor o desfecho do paciente. Ela já pode começar no ambiente de UTI, respeitando as limitações clínicas de cada paciente”, avalia Rizk.
“A fisioterapia respiratória é parte integrante dos cuidados do paciente cardiopata, tanto no pré quanto no pós-operatório, pois contribui significativamente para uma melhor evolução desses pacientes”, completa.
No Ar: Pampa Na Tarde