Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024

Home Viagem e Turismo Férias no exterior: saiba qual é a melhor maneira de levar dinheiro: dólar, euro ou cartão pré-pago

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O dólar já caiu quase 10% este ano frente ao real e cada vez mais brasileiros estão pensando em passar as férias no exterior. Mas, com os preços das passagens aéreas nas alturas, cada detalhe faz a diferença na hora de planejar a viagem para economizar. E, na hora de fazer o câmbio, há várias opções disponíveis, com novos serviços surgindo para facilitar a vida do turista.

Contas digitais no exterior são uma opção para ter um cartão de débito em divisa estrangeira pagando IOF menor. As opções mais conhecidas são o Wise e o Nomad; Alguns cartões podem ser usados em diferentes moedas; Bancos tradicionais oferecem serviço similar; Cartões pré-pagos são outra modalidade de câmbio disponível no mercado; Há cartões que oferecem até investimento no exterior, como forma de poupar dinheiro e ganhar um retorno até a data da viagem.

Entenda como funcionam

Nos últimos meses, começaram a se popularizar os cartões de contas digitais no exterior, que oferecem taxas de câmbio mais atrativas e cobram Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) menor em comparação com os cartões internacionais.

Em geral, só é preciso baixar um aplicativo, efetuar o cadastro e fazer a primeira transferência, cujo valor varia de acordo com a empresa escolhida. Com o Pix, o dinheiro pode ser transformado em dólar, euro ou outra moeda estrangeira de forma instantânea, 24 horas por dia e sete dias por semana.

Enquanto o IOF em compras feitas em outros países com cartão de crédito é de 5,38%, o imposto no câmbio desse tipo de conta digital é de 1,1% — como o que incide na compra de papel moeda.

É como se o turista fizesse uma remessa para ele próprio no exterior. Assim, ao pagar um almoço em um restaurante de Nova York no débito, nenhuma taxa adicional seria descontada. No caso de saques, no entanto, costumam incidir cobranças.

Atenção ao escolher

É preciso ler com atenção o contrato antes de requisitar o serviço, já que podem incidir tarifas adicionais às quais o consumidor não está acostumado no contato com bancos no Brasil, como taxas de envio do cartão para domicílio.

A Wise, por exemplo, oferece uma conta para maiores de 18 anos em mais de 50 moedas. No caso da divisa americana, o custo de conversão é feito com o câmbio do dólar comercial, taxa de 1% e IOF de 1,1%. Depois disso, o usuário pode gastar como morador local em mais de 170 países onde a bandeira Visa é aceita.

Não há cobrança para entrega do plástico, mas é exigido depósito inicial de R$ 100. Como o cartão também funciona no Brasil, Helene Romanzini, gerente de Marketing da Wise para América Latina, África e Oriente Médio, explica que o cliente pode transferir reais para sua conta digital e converter somente quando o câmbio estiver atrativo. E acrescenta:

“Ainda é possível usar a conversão automática, determinando o câmbio quando a moeda atingir uma cotação específica. Isso dispensa a necessidade de ficar monitorando.”

Mais segurança

Em março, o cientista de dados Guilherme Soriano, de 35 anos, viajou para a Itália com a esposa e teve a carteira furtada logo quando chegou. O susto não foi maior porque os 800 euros que havia levado estavam na conta digital.

Além de não perder a quantia, pôde usar o cartão de débito pela carteira virtual do celular sem pagar IOF maior, o qual seria cobrado caso tivesse que recorrer ao uso de um cartão de crédito pela wallet do aparelho.

“Fiquei nervoso na hora, mas consegui resolver tudo em dez minutos”, lembra.

Acostumada a viajar todo ano para fora, a arquiteta aposentada Sonia Martins, de 61 anos, fez o cartão por indicação de uma amiga. Depois de usá-lo em Portugal e Espanha, aprovou a experiência.

“Todo mês, eu pegava um pouco do salário e colocava em euros, escolhendo a melhor cotação para converter. Paguei no máximo R$ 5,30. Agora vou usar o cartão para juntar dinheiro para a próxima viagem”, conta.

Menor IOF pra investir

Através da Nomad, é possível pagar um IOF ainda menor, de 0,38%, fazendo transferências para a conta de investimento. Caio Fasanella, diretor executivo e chefe da área de Investimentos da Nomad, vê o momento de juros altos nos EUA como uma oportunidade de fazer as economias renderem até o embarque.

“O cliente pode deixar os dólares investidos e ter um retorno em torno de 5% ao ano. Antes de viajar, basta pedir o resgate, o que leva cerca de dois dias úteis”, explica.

Com mais de 300 mil usuários, a corretora de valores americana Avenue também disponibiliza essa alternativa. Além do IOF mais baixo, cobra taxa que varia de 1,75% a 2,5% sobre o dólar comercial. O câmbio mínimo é de R$ 200.

Segundo Alexandre Artmann, COO da Avenue, o diferencial é a possibilidade do titular da conta solicitar até quatro cartões adicionais para familiares, inclusive adolescentes entre 12 e 17 anos – novidade implementada pela grande demanda de famílias que mandam seus filhos para intercâmbios no exterior.

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