Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2025

Home em foco Friedrich Merz, do bloco de centro-direita, vence a eleição na Alemanha

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Após os resultados da pesquisa de boca de urna, o candidato Friedrich Merz, da União Democrática Cristã (CDU), partido conservador tradicional, se declarou vencedor das eleições legislativas da Alemanha. Segundo a boca de urna, a legenda teve 29% dos votos, seguida pelo partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), liderado por Alice Weidel, que ficou com 19,5%. É o melhor resultado para a extrema direita alemã desde a Segunda Guerra Mundial. O Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, ficou em terceiro lugar, com 16%

O partido de ultradireita alemão, Alternativa para a Alemanha (AfD), teve o melhor resultado da história nas eleições parlamentares. “Nunca estivemos tão fortes — somos a segunda maior força”, disse Alice Weidel, colíder do AfD, ao subir ao palco de uma festa eleitoral após o anúncio das pesquisas de boca de urna. “Podemos realmente provocar uma mudança histórica”, afirmou, acrescentando que o partido “está sempre abertos a negociações”.

Merz, que se autodenomina um conservador social e liberal econômico, levou os democratas-cristãos mais para a direita, principalmente em relação à imigração, desde que sucedeu a ex-chanceler Angela Merkel como líder do partido em 2021. Merkel criticou abertamente Merz no mês passado por ter contado com o apoio da extrema-direita para aprovar uma moção não vinculante sobre migração no parlamento.

Scholz reconhece derrota

O atual chanceler alemão, Olaf Scholz, reconheceu a derrota e parabenizou Merz pelo resultado da eleição. Em uma reunião do na sede de seu partido, Scholz declarou que “esse é um resultado eleitoral amargo para o Partido Social Democrata, é também uma derrota eleitoral”. Ele ainda assumiu a responsabilidade pelo fraco desempenho eleitoral de seu partido.

Além de parabenizar Merz, o chanceler afirmou ser inaceitável que um partido de extrema-direita obtivesse o tipo de resultado que a AfD viu nesse domingo. “Nunca vou aceitar isso”, exclamou Scholz.

Sem maioria

Apesar de ter superado o Partido Social-Democrata (SPD) de Scholz, a CDU/CSU não assegurou maioria entre as 630 cadeiras no Bundestag. Assim, a legenda ainda terá que costurar alianças com outras siglas para solidificar a ascensão de Merz ao posto e garantir a formação de um governo estável, um processo que pode se arrastar por semanas.

Até lá, Scholz deve permanecer no posto interinamente. E o processo de formação de uma coalizão pode se complicar dependendo da quantidade de legendas que superarem a cláusula de barreira de 5% para formar bancadas no Parlamento, quando a contagem final for confirmada. Num Bundestag mais pulverizado, será mais desafiador para a CDU/CSU formar alianças.

As projeções também confirmam o avanço da legenda de direita radical Alternativa para Alemanha (AfD) que deve se tornar a segunda maior força política no país, com votação recorde.

Participação

Os alemães registraram uma participação mais elevada nestas eleições, do que em pleitos anteriores. Em média, foi registrada a presença de 33% dos 2,4 milhões de eleitores registrados até o meio dia (hora local), nos distritos de votação. Na última eleição, em 2021, a participação foi de 25%. O voto na Alemanha não é obrigatório.

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