Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024

Home Política General Braga Netto aprovou plano que incluía assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes, diz a Polícia Federal

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O relatório da Polícia Federal (PF), tornado público nessa terça-feira (26), revelou detalhes sobre o envolvimento do ex-ministro da Defesa e general Walter Souza Braga Netto em um plano denominado “Punhal Verde Amarelo”.

Esse plano, segundo a investigação, previa o uso de veneno e explosivos com o objetivo de assassinar Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, em dezembro de 2022, ainda antes da posse de Lula e Alckmin na presidência da República. Naquele momento, Alexandre de Moraes já era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o relatório, o plano foi elaborado pelo general Mario Fernandes, um dos cinco militares presos na operação Contragolpe, realizada na última semana. O planejamento foi apresentado e validado em uma reunião crucial realizada em 12 de novembro de 2022, na residência de Braga Netto.

Nesse encontro, o ex-ministro da Defesa teria aprovado as ações propostas, que incluíam medidas violentas para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir a atuação do Poder Judiciário.

A PF também aponta que, além de Braga Netto, participaram dessa reunião militares conhecidos como “kids pretos” – uma denominação dada aos membros das forças especiais do Exército.

O objetivo da reunião era, conforme o relatório, “apresentar o planejamento das ações clandestinas com o objetivo de dar suporte às medidas necessárias para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do Poder Judiciário”.

Entre os participantes estavam o tenente-coronel Mauro Cesar Cid, o major Rafael de Oliveira e o tenente-coronel Ferreira Lima. A reunião foi descrita pela PF como o momento em que o planejamento foi formalmente apresentado e aprovado por Braga Netto.

O relatório da PF ressalta que o plano “Punhal Verde Amarelo” fazia parte de um conjunto de estratégias articuladas por setores do governo e militares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro para frustrar a transição democrática. A violência era vista pelos envolvidos como uma medida viável para alcançar os objetivos do grupo.

A aprovação desse plano pelo general Braga Netto é um ponto central na investigação, pois demonstra seu envolvimento direto e ativo nas articulações golpistas.

 

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