Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024

Home Porto Alegre Gerente de banco que induziu um cliente idoso em Porto Alegre a dar a ela R$ 1,6 milhão é condenada por estelionato

Compartilhe esta notícia:

A 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) condenou por estelionato a gerente e um banco do setor privado. Em 2017, ela induziu um cliente de quase 80 anos e com problemas cognitivos para que ele transferisse a ela cerca de R$ 1,6 milhão. Além de três anos e sete meses de prisão em regime aberto, ela terá que devolver o dinheiro aos herdeiros da vítima e pagar uma multa.

No processo movido pelo Ministério Público gaúcho consta que a executiva se aproveitou do cargo e da condição do idoso para ludibriá-lo. Com o dinheiro obtido por meio de expedientes de manipulação, a mulher comprou e mobiliou um apartamento na Capital, além de pagar uma série de contas pessoais.

“Sabedora de que não poderia receber tal formoso presente, a gerente fez com que os valores caminhassem por contas diversas, sem que pudesse a operação ser detectada pelo sistema de ‘compliance’ do banco”, destacou o procurador de Justiça Roberto Neumann, autor do recurso.

A gerente já havia sido julgada em primeira instância, mas o resultado foi a absolvição. Mas o MPRS ingressou com recurso ao TJRS e o processo teve esse novo desfecho. O nome do estabelecimento onde se deu o crime não foi informado.

Crimes durante calamidades

A Câmara dos Deputados aprovou nesta semana um projeto de lei que prevê aumento de pena para vários tipos de crimes cometidos em meio a situações de emergência ou estado de calamidade pública. O texto será enviado ao Senado. De autoria de Coronel Telhada (PP-SP), a proposta recebeu sinal-verde na forma de um substitutivo do relator, deputado Daniel Trzeciak (PSDB-RS).

O texto determina a aplicação em dobro, nessas situações, das penas de crimes contra o patrimônio (furto, roubo, apropriação indébita ou estelionato), crimes contra a administração em geral (peculato, que é a apropriação de dinheiro público, inserção de dados falsos em sistema de informações ou corrupção passiva), crimes contra a economia popular (preços abusivos, por exemplo) e crimes de corrupção ativa.

Conforme o parlamentar gaúcho, Daniel Trzeciak, ressaltou que práticas como essas em contextos de calamidade pública são ainda mais reprováveis, devido à fragilidade da vítima: “O cometimento de delitos é intolerável em qualquer ocasião, mas ainda mais repugnante quando a vítima se encontra em situação de maior vulnerabilidade.”

Trzeciak lembrou de casos de furtos e roubos a voluntários durante o resgate de vítimas das enchentes de maio no Rio Grande do Sul. Mencionou, ainda, comerciantes que majoraram valores de bens essenciais em meio ao caos climático.

(Marcello Campos)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Porto Alegre

Ampliada a faixa etária para doses da vacina contra o rotavírus em Porto Alegre
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa News