Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 19 de outubro de 2023
Construir mensagens elaboradas ficou mais fácil com a chegada do Chat GPT no final do ano passado. Se você fez um depósito em um banco e recebeu essa mensagem por e-mail ou celular bem escrito e com o logotipo correto, pode pensar que se trata de um comunicado verdadeiro.
Afinal, o texto parece profissional, sem erros gramaticais ou saudações estranhas, exatamente como aparece nas comunicações regulares do seu banco. “Os golpistas agora têm uma gramática impecável, como se fosse um nativo”, diz Soups Ranjan, cofundador e CEO da Sardine, uma startup de prevenção de fraudes da Califórnia.
Os clientes dos bancos estão sendo enganados com mais frequência porque “as mensagens de texto que recebem são perfeitas”, confirma um executivo especializado em fraudes de um banco digital dos EUA, que pediu para não ser identificado.
Fraude
Os consumidores norte-americanos relataram à Comissão Federal de Comércio que perderam um valor recorde em 2022: US$ 8,8 bilhões (R$ 43,43 bilhões, na cotação atual) para os golpistas no ano passado, um aumento de mais de 40% em relação a 2021, segundo a Comissão Federal de Comércio dos EUA. As maiores perdas vieram de fraudes de investimento, mas as fraudes de impostores foram as mais comuns, um sinal sinistro, uma vez que é provável que sejam reforçadas pela IA.
O que se observa é que medidas de prevenção como autenticação por voz ou validação de imagem em tempo real podem ficar ultrapassadas e ineficientes. É provável que, na prática, a segurança utilizada atualmente vai perder a batalha para os robôs da IA.
Casos de golpes
Synchrony, um das mais populares operadoras de cartões de crédito nos EUA, com 70 milhões de contas ativas, vem acompanhando a tendência. “Vemos regularmente indivíduos usando fotos e vídeos deepfake para autenticação e podemos presumir com segurança que foram criados usando IA”, disse Kenneth Williams, vice-presidente sênior da empresa.
Em uma pesquisa de junho de 2023 com 650 especialistas em segurança cibernética da companhia Deep Instinct de Nova York, três em cada quatro entrevistados observaram um aumento nos ataques no ano passado, “com 85% atribuindo esse aumento a bandidos que usam IA generativa”.
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