Domingo, 24 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 4 de outubro de 2022
Esta terça-feira (4), dois dias após a votação do 1º turno, tem sido de intensas movimentações das forças políticas sobre os alinhamentos para o 2º turno da eleição presidencial.
O ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) vão disputar o segundo turno das eleições. Lula teve 57,2 milhões de votos (48,4%), e Bolsonaro, 51,07 milhões de votos (43,2%).
O candidato do PT recebeu o apoio formal do PDT, de Ciro Gomes (PDT) e do Cidadania.
O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, foi escolhido pelo senador eleito Sergio Moro (União Brasil) e pelo governador reeleito Romeu Zema (Novo). Também recebeu o apoio do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), que não chegou ao segundo turno da disputa pelo estado.
Reeleito governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que é do mesmo partido de Bolsonaro, esteve em Brasília para reafirmar seu apoio ao presidente da República.
Em reunião na tarde desta terça, o PSDB decidiu liberar os diretórios estaduais do partido para apoiar quem quiserem no segundo turno. No primeiro turno, o PSDB estava na campanha de Simone Tebet (MDB).
Em nota, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que o partido também vai liberar seus filiados para apoiarem Lula ou Bolsonaro.
O comitê de Lula espera que o MDB libere seus diretórios nesta quarta-feira (5) e, em ato contínuo, Simone Tebet declare seu apoio ao petista.
O anúncio do PDT veio após reunião da Executiva do partido no final da manhã desta terça. No primeiro turno, o PDT teve o ex-governador do Ceará Ciro Gomes como candidato à Presidência da República. Ele ficou em quarto lugar, com 3,5 milhões de votos (3%).
“Uma hora e meia de reunião com toda a Executiva Nacional do partido, mais os presidentes estaduais, os presidentes de movimentos, os deputados federais de mandato, senadores. E tomamos uma decisão unânime, sem nenhum voto contrário, a decisão de apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula”, afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi.
“Bolsonaro, na nossa opinião, representa o atraso do atraso do atraso desse país, um aspirante a ditador, malversador do dinheiro público, um homem da falsa fé cristã”, disse Lupi. “Nosso trabalho para derrotar Bolsonaro tem que ser a prioridade absoluta. Derrotar Bolsonaro é uma causa nacional, uma causa da pátria, uma causa dos democratas”, completou.
Derrotado na corrida pelo Palácio do Planalto, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) publicou um vídeo nas redes sociais, nesta terça-feira, de apoio à candidatura de Lula. Ciro evitou citar o nome do ex-presidente, afirmando que “acompanha a decisão do partido”.
A decisão foi divulgada menos de uma hora após o PDT declarar apoio a Lula.
“Lamento que a democracia brasileira tenha afunilado a tal ponto que reste para o brasileiro duas opções, a meu ver, insatisfatórias”, disse. “Ao contrário da campanha violenta da qual fui vítima, nunca me ausentei ou me ausentarei da luta pelo Brasil. Sempre me posicionei e me posicionarei na defesa do país contra projetos de poder que levaram o país a essa situação grave e ameaçadora.”
A decisão do Cidadania de apoiar o candidato petista foi tomada em uma reunião da Executiva do partido.
“Decidiu pelo apoio ao candidato do PT no segundo turno. Uma decisão que foi quase por unanimidade. Tivemos 3 votos defendendo neutralidade. Unanimidade contra Bolsonaro”, declarou Roberto Freire, presidente da legenda.
Freire já havia declarado apoio pessoal à Lula na última segunda-feira (3).
Zema e Castro
Romeu Zema, reeleito em primeiro turno com 56,18% dos votos válidos, anunciou o apoio a Bolsonaro após uma reunião com o presidente no Palácio da Alvorada, em Brasília. Braga Netto, candidato a vice na chapa do PL, também participou do encontro.
“Não poderia também deixar neste momento de estarmos aqui, colocando as nossas divergências de lado, eu sempre dialoguei com o presidente Bolsonaro. Sabemos que em muitas coisas convergirmos e em outras, não. Mas é o momento em que o Brasil precisa caminhar para frente, e eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário [Lula]”, afirmou Zema
Ele declarou ter herdado uma “tragédia” do governo petista de Fernando Pimentel em Minas Gerais e que esse foi um dos motivos que o levou a Brasília para declarar apoio ao candidato do PL.
Castro também teve uma reunião com Bolsonaro nesta manhã, no Palácio do Planalto, em Brasília. Depois, eles deram uma rápida entrevista coletiva para a imprensa.
“Eu, como sou do partido do presidente, sou apoiador do presidente. Não tinha como não vir aqui e me esforçar muito para que o Rio seja a capital da vitória do presidente Bolsonaro”, disse o governador, ao lado de Bolsonaro.
No Ar: Pampa Na Madrugada