Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

Home em foco Governo russo nega rumores de que Vladimir Putin teria fugido de Moscou após rebelião paramilitar

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O Kremlin negou nesse sábado (24) que o presidente Vladimir Putin tenha fugido de Moscou em plena rebelião do grupo paramilitar Wagner, iniciada durante a madrugada (noite de sexta no Brasil), afastando rumores de que o líder russo estaria a bordo da aeronave presidencial que deixou a capital rumo a São Petersburgo no início da tarde, de acordo com o site de monitoramento FlightRadar24.

“O presidente encontra-se no Kremlin [a sede do governo] trabalhando normalmente”, disse o porta-voz do governo, Dmitri Peskov, à agência de notícias estatal Ria Novosti, que o questionou sobre rumores nas redes sociais de que Putin teria deixado Moscou por causa do tumulto.

De acordo com o site FlightRadar24, o avião presidencial da Rússia partiu de Moscou rumo a São Petersburgo no início da tarde, por volta das 14h44 (8h44 de Brasília). A aeronave está sendo monitorada por quase 50 mil pessoas na plataforma.

A Rússia instaurou, neste sábado, um “regime de operação antiterrorista” na região de Moscou, depois que o grupo paramilitar Wagner afirmou ter controlado os territórios militares da cidade de Rostov, no Sul do país, informaram agências de imprensa russas. Em pronunciamento pela televisão, o presidente russo, Vladimir Putin, qualificou a rebelião como uma “punhalada pelas costas” e acusou o líder dos mercenários, Yevgeny Prigojin, de ter “traído” a Rússia por sua “ambição desmedida”.

Na véspera, a rixa entre o governo da Rússia e o líder do grupo de mercenários ganhou grandes proporções. Yevgeny Prigojin acusou o Exército russo de bombardear suas bases próximas à linha de frente com a Ucrânia e convocou uma “rebelião armada” contra o comando militar nacional em resposta, levando autoridades no país a investigá-lo, por consequência.

Crise na Rússia

Autoridades de segurança nacional dos Estados Unidos receberam indicações de que Yevgeny Prigojin, líder do Grupo Wagner, estava se preparando para tomar uma ação militar contra autoridades militares russas desde o meio da semana, disseram autoridades informadas sobre o assunto.

As informações sugerem que os EUA tiveram pelo menos um aviso de caos iminente na Rússia, assim como tiveram no final de 2021 de que Vladimir Putin planejava invadir a Ucrânia. Nesse caso, a informação foi considerada ao mesmo tempo sólida e alarmante pela possibilidade de um grande rival nuclear dos Estados Unidos cair no caos.

Embora não esteja claro exatamente quando os EUA souberam da conspiração, oficiais de inteligência realizaram briefings na quarta-feira com o governo e autoridades de Defesa. Na quinta-feira, quando a confirmação adicional da conspiração chegou, funcionários da inteligência informaram um grupo restrito de líderes do Congresso, de acordo com funcionários familiarizados com os briefings que falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a falar publicamente.

Na noite de sexta-feira, Prigojin havia intensificado dramaticamente sua rixa, lançando uma marcha a Moscou que o governo russo descreveu como uma tentativa de golpe. No sábado, ele chamou seus combatentes e concordou em fugir para a Bielorrússia.

Durante meses, funcionários da inteligência acompanharam as crescentes tensões entre Prigojin e os líderes do Ministério da Defesa da Rússia, incluindo Serguei Shoigu, o ministro da Defesa.

Relatórios de inteligência divulgados como parte dos vazamentos do Discord mostraram que os Estados Unidos interceptaram comunicações entre altos líderes militares russos debatendo como lidar com as constantes demandas de Prigojin por mais munição.

A maioria dessas tensões ocorreu em público, já que o líder do grupo militar mercenário usou entrevistas e postagens no Telegram para repreender Shoigu e o general Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior das forças armadas russas, chamando-os de incompetentes e cobrando que eles enganaram Putin sobre o progresso da guerra com a Ucrânia.

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