Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024

Home Ciência Groenlândia está derretendo até 100 vezes mais rápido que o previsto

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As geleiras da Groenlândia estão derretendo até 100 vezes mais rápido do que o previsto. A conclusão vem de um novo modelo que leva em conta a interação entre o gelo e a água nos fiordes da ilha – ou seja, entradas de mar entre altas montanhas. O estudo foi publicado na Geophysical Research Letters.

A nova representação matemática mostra que o gelo vem sendo devorado nas extremidades das geleiras da Groenlândia. As previsões sobre o derretimento no local eram feitas com base em modelos desenvolvidos na Antártida, onde pedaços de gelo flutuam acima da água – mas a realidade se mostrou bem diferente.

Segundo Kirstin Schulz, autora principal do novo estudo, essa abordagem mais tradicional prevê níveis de derretimento muito baixos em comparação ao que estamos vendo.

Gelo quebradiço

Ainda que os pesquisadores já soubessem que a compreensão das geleiras do Ártico baseada na Antártida não era perfeita, as novas projeções impressionam. Além disso, há uma dificuldade para se chegar nas bordas das geleiras da Groenlândia para analisar, porque elas ficam nas extremidades dos fiordes, onde a água corta o gelo.

Esse perímetro é de risco pois o gelo pode se quebrar e desmoronar na água “do nada”, ou mesmo criar “mini-tsunamis”, segundo os pesquisadores.

Numa tentativa de se aproximar, uma equipe de cientistas liderada pela oceanógrafa física Rebecca Jackson, da Universidade de Rutgers, estão usando barcos robóticos. Com eles, fica mais fácil e segura a realização das medições. O procedimento já foi feito na geleira LeConte, no Alasca, e na Kangerlussuup Sermia, na Groenlândia.

Pesquisadores da Universidade do Texas também estão se organizando para enviarem submarinos robóticos para três geleiras do oeste da Groenlândia. Na geleira LeConte, segundo Jackson, o derretimento é 100 vezes mais rápido do que o previamente estimado.

Alerta vermelho

A notícia preocupa principalmente porque a camada de gelo da Groenlândia é capaz de fazer o mar subir até seis metros. Além disso, a mistura da água fria das geleiras com a água quente do mar faz aumentar a circulação da água mais perto das geleiras e mais longe do oceano, o que pode causar implicações ainda maiores de longo prazo.

“Os resultados do modelo climático oceânico são altamente relevantes para a humanidade prever tendências associadas à mudança climática, então você realmente quer acertá-las”, declarou Schulz.

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A nova representação matemática mostra que o gelo vem sendo devorado nas extremidades das geleiras da Groenlândia. As previsões sobre o derretimento no local eram feitas com base em modelos desenvolvidos na Antártida, onde pedaços de gelo flutuam acima da água – mas a realidade se mostrou bem diferente.

Segundo Kirstin Schulz, autora principal do novo estudo, essa abordagem mais tradicional prevê níveis de derretimento muito baixos em comparação ao que estamos vendo.

Gelo quebradiço

Ainda que os pesquisadores já soubessem que a compreensão das geleiras do Ártico baseada na Antártida não era perfeita, as novas projeções impressionam. Além disso, há uma dificuldade para se chegar nas bordas das geleiras da Groenlândia para analisar, porque elas ficam nas extremidades dos fiordes, onde a água corta o gelo.

Esse perímetro é de risco pois o gelo pode se quebrar e desmoronar na água “do nada”, ou mesmo criar “mini-tsunamis”, segundo os pesquisadores.

Numa tentativa de se aproximar, uma equipe de cientistas liderada pela oceanógrafa física Rebecca Jackson, da Universidade de Rutgers, estão usando barcos robóticos. Com eles, fica mais fácil e segura a realização das medições. O procedimento já foi feito na geleira LeConte, no Alasca, e na Kangerlussuup Sermia, na Groenlândia.

Pesquisadores da Universidade do Texas também estão se organizando para enviarem submarinos robóticos para três geleiras do oeste da Groenlândia. Na geleira LeConte, segundo Jackson, o derretimento é 100 vezes mais rápido do que o previamente estimado.

Alerta vermelho

A notícia preocupa principalmente porque a camada de gelo da Groenlândia é capaz de fazer o mar subir até seis metros. Além disso, a mistura da água fria das geleiras com a água quente do mar faz aumentar a circulação da água mais perto das geleiras e mais longe do oceano, o que pode causar implicações ainda maiores de longo prazo.

“Os resultados do modelo climático oceânico são altamente relevantes para a humanidade prever tendências associadas à mudança climática, então você realmente quer acertá-las”, declarou Schulz.

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