Sábado, 23 de Novembro de 2024

Home Acontece Indústria gaúcha cresce pelo segundo mês consecutivo após enchentes

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A indústria gaúcha segue apresentando números animadores, dentro do processo de retomada da economia do Estado no pós-enchente. Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI-RS), divulgado nesta terça-feira (10) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), apresentou alta em relação ao mês anterior. O crescimento foi de 4% em julho, na comparação com o mês de junho. 

O resultado é impulsionado também pelo calendário, uma vez que o mês de julho teve três dias úteis a mais. Foi o segundo aumento consecutivo do índice, que acumula, nesse período, alta de 14,4%, compensando e superando as fortes perdas de maio, de -11,6%, provocadas pelas enchentes. Entretanto, o acumulado para todo o ano de 2024 ainda segue negativo.

O IDI-RS combina seis indicadores que medem a atividade do setor industrial. A pesquisa de julho mostra que a maioria deles veio no lado positivo na comparação com junho. O maior destaque foi o faturamento real, que cresceu 9,2%, depois de ter aumentado 14,4%, em junho. Desta forma, superou a perda de maio, que havia sido de -19,1%. 

Também pesaram positivamente no resultado as horas trabalhadas na produção (+1,2%), a massa salarial real (+1,7%) e a utilização da capacidade instalada (+2,7%), que atingiu 83,9%. É o mais alto nível desde julho de 2021. Já o emprego, que não cresce desde abril de 2023, recuou 0,4% e as compras industriais, que caíram 2%, devolveram pequena parte da alta expressiva de junho, quando chegaram a 37,5%.

O comportamento da indústria gaúcha também foi positivo na comparação anual. Em relação a julho de 2023, o avanço de 6,7% do IDI-RS foi o segundo do ano e o mais intenso desde agosto de 2022 nessa base de comparação. O calendário, mais uma vez, colaborou: julho deste ano teve 23 dias úteis, ante 21 em julho de 2023.

Com isso, o ritmo da queda acumulada do IDI-RS no ano diminuiu, de -3,3%, até junho, para -1,9%, até julho, respectivamente, na comparação com os primeiros seis e sete meses de 2023. O resultado negativo de 2024 até julho foi influenciado, principalmente, pelas compras industriais, que caíram -7,3%, e pelo faturamento real, -3,3%. As horas trabalhadas na produção, -1,8%, e o emprego, -1,6%, também recuaram no período. Apenas a massa salarial real (+3,4%) e a UCI (+1,6 ponto percentual) subiram.

 

 Queda em 9 de 16 setores no acumulado de 2024

A atividade industrial gaúcha caiu em nove dos 16 setores pesquisados no acumulado de janeiro a julho, ante o mesmo período de 2023. A significativa queda de 13,7% no setor de Máquinas e Equipamentos foi a maior contribuição negativa para o resultado global. Também impactaram de forma relevante Couros e Calçados (-3,9%), Equipamentos de Informática e Produtos Eletrônicos (-10,3%) e Alimentos (-1,3%). No lado positivo, os destaques ficaram com Veículos Automotores, elevação de 12%, e Móveis, 8,9%.

A pesquisa completa pode ser acessada no site www.observatoriodaindustriars.org.br.

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