Quinta-feira, 06 de Março de 2025

Home Economia Inflação dos alimentos: governo e empresários se reúnem para discutir formas de baixar preços

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Com os preços dos alimentos pressionando a inflação – e, por consequência, a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva 0û, o governo se reúne nesta quinta-feira (6), às 15h, com representantes do agronegócio para discutir estratégias que possam resultar em queda de preços.

A reunião será capitaneada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e contará também com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).

Pelo lado das empresas, devem estar presentes representantes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), além da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio).

No ano passado, a inflação brasileira teve alta de 4,83%, puxada principalmente pelo grupo Alimentação e Bebidas, que subiu 7,69%. Dentro desse grupo, o item “alimentação no domicílio” teve alta de 8,23% – depois de uma queda de 0,5% em 2023.
Para muitos especialistas, como a alta dos alimentos pesa no bolso de todos – mas especialmente no da população mais pobre –, isso acaba impactando negativamente a popularidade de Lula. Ao menos três pesquisas divulgadas neste ano (Datafolha, CNT/MDA e Quaest) indicam uma piora na avaliação da gestão do chefe do Executivo, até mesmo no Nordeste, uma base de apoio forte para o presidente.

Na semana passada, o governo já tinha feito uma rodada de conversas com o setor produtivo para buscar saídas para a questão do preço dos alimentos. Em 27 de fevereiro, representantes dos setores de açúcar e etanol, carnes, biodiesel e supermercados foram recebidos por Fávaro. O governo pediu um aceno do setor produtivo para a redução dos preços dos alimentos.

Entre o rol de opções cogitadas pelo governo, a redução do imposto de importação de produtos agropecuários é a que tem provocado menos polêmica. Entretanto, integrantes do próprio governo reconhecem que há impacto limitado de medidas neste momento sobre os preços dos alimentos.

“O efeito é mais político, de mostrar que o governo está olhando e preocupado com a inflação”, afirmou um interlocutor do governo. A saída mais concreta citada nos bastidores é esperar efeitos da maior safra de grãos no alívio dos preços, o que deve ocorrer ainda neste semestre.

 

(Estadão Conteúdo)

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