Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 6 de maio de 2022
Reconheço que a abordagem do tema abaixo deveria ser analisado por um advogado, um jurista ou um legislador.
Entretanto, como médico e cidadão comum, não me contenho e protesto sob minha visão ótica, com esta inversão de valores que ocorre no nosso País!
Recentemente, ao ir a Pelotas, fiquei impressionado e feliz ao ver pracinhas do Exército Brasileiro construindo pontes e duplicando a BR-116 que possui 212 Km.
Era sábado à tardinha e lá estavam eles fardados, empoeirados e suados. Dirigiam máquinas que aplainavam o solo, distribuíam pedregulhos e espalhavam o piche.
Imagino que não devem receber um soldo maior por este serviço extra. Nós, brasileiros, só devemos agradecer por este fantástico trabalho.
Na mesma noite, fiquei chocado e estarrecido ao ser informado pela TV que o goleiro Bruno, que foi condenado por homicídio triplamente qualificado por sequestro, cárcere e morte, por esquartejar sua namorada e modelo, estava em liberdade condicional. O crime ocorreu em 2010 e o mesmo está usando tornozeleira eletrônica. Fiquei estarrecido quando o repórter informou que o mesmo recebeu 3.900 reais durante a pandemia!
Estudando o assunto, aprendi que no Brasil existe o “auxilio reclusão”: É um benefício ao trabalhador preso em regime fechado. O valor é de um salário mínimo. A lei manda que o condenado além da cama, do banho, tenha 6 refeições diárias. Além disso está ao seu dispor educação prisional para reintegração social e laboral. Nada mais justo!
Segundo o DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional), o gasto público para segurança, alimentação, vestuário, atendimento médico e jurídico para cada preso custa em média mensalmente ao estado: R$ 3.472,00.
Me pergunto: Que estado é este que, os que defendem a pátria, trabalham e constroem o país recebem menos verbas que os transgressores.
No mínimo, os aprisionados deveriam construir escolas e penitenciarias. Também seria interessante se pintassem prédios públicos. Obviamente deviam plantar e colher seus próprios alimentos!!
Certamente teriam menos tempo ocioso para se dedicarem as estratégias de novos delitos e crimes.
É ou não é, uma inversão de valores?!?!
Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e Professor universitário
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