Sábado, 21 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 26 de junho de 2022
Alvo da operação de uma Polícia Federal que investiga corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC), o pastor Gilmar Santos chorou ao participar de um culto, na madrugada deste domingo (26), quatro dias após ser solto.
Sem mencionar o escândalo, Gilmar, que também é presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, disse que “esta guerra não é contra um, é contra o Evangelho, contra a família que ensinamos, contra os pilares que a Igreja Evangélica ensina”. Aos fiéis, o pastor disse que não iria comentar o caso e que “na hora certa” vai falar com a imprensa.
A vigília foi realizada em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, entre às 18h de sábado e 6h deste domingo, com a participação de vários pastores. Gilmar pregou entre 1h40 e 3h da manhã.
Santos foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga corrupção e tráfico de influência no MEC. Ele, o pastor Arilton Moura e o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro ficaram presos por um dia mas, tiveram a liberdade concedida pelo desembargador Ney Bello, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).
Caso MEC
O ex-ministro da Educação do Governo Bolsonaro foi preso preventivamente após denúncias apontarem a existência de um “gabinete paralelo” dentro do Ministério. Pastor presbiteriano, Ribeiro era assessorado por outros dois pastores, que atuavam na distribuição de verbas federais destinadas à educação do país, mesmo sem terem vínculo com o MEC e com o governo federal.
Os pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, haviam participado de 22 compromissos oficiais no MEC, 19 deles com a presença do ministro.
Além de opinarem na destinação de recursos da pasta, os pastores intermediavam encontros com autoridades de governo estaduais, municipais e empresários.
Os dois participaram de cerca de 22 compromissos oficiais no MEC, 19 deles com a presença do ministro.
Pagamento a genro
O empresário José Edvaldo Brito encaminhou à Controladoria-Geral da União (CGU) comprovantes de depósitos efetuados nas contas de parentes dos pastores suspeitos de desviar recursos da educação.
O genro do pastor Gilmar Santos, Wesley Costa de Jesus, teria recebido R$ 17 mil por ter negociado um evento que contou com a presença do então ministro da educação Milton Ribeiro, no interior de São Paulo.
O pagamento ocorreu no dia 5 de agosto de 2021 e foi feito em nome da empresa de dedetização Sime Prag do Brasil. O evento, que teve a presença de Milton Ribeiro, ocorreu no dia 21 de agosto, 16 dias depois das transferências.
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