Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 11 de julho de 2022
Especialistas da Universidade de Kyoto, no Japão, em parceria com a Kajima Corporation, desenvolveram um conceito de base lunar habitável com gravidade artificial. Batizada de “Luna Glass” (ou “Mars Glass”, se construída em Marte) a base lembra uma imensa taça de vidro giratória, que completa uma rotação sobre seu próprio eixo a cada 20 segundos.
Isso gera uma força centrífuga equivalente à aceleração da gravidade da Terra (9,8 m/s²) em direção às paredes da taça, o que permitiria que casas, ruas e até mesmo lagos fossem construídos.
Segundo os autores do estudo, o desenvolvimento de um sistema de gravidade artificial é uma peça chave para o avanço da humanidade no espaço, já que a ausência de gravidade causa degeneração óssea e muscular em adultos, e pode impedir o nascimento ou desenvolvimento correto de crianças.
Mas com a gravidade artificial da “Luna Glass”, os moradores poderiam ter filhos em preocupação, e manter um corpo saudável que poderá retornar à Terra a qualquer momento.
Obviamente, o conceito não toca nos desafios práticos de construir uma estrutura móvel de grande porte na superfície da Lua, portanto podemos considerá-lo mais como um “exercício de pensamento” do que como algo que poderemos ver em operação nos próximos anos.
Donos da Lua
A China rejeitou um alerta do chefe da agência espacial norte-americana, Nasa, de que a China pode tomar controle da Lua como parte de um programa militar. O país considerou a afirmação uma difamação irresponsável, enfatizando que sempre pediu a construção de uma comunidade de nações no espaço.
A China intensificou o ritmo de seu programa espacial na última década, com foco na exploração da Lua. Com seu primeiro pouso lunar sem tripulação em 2013, o país espera lançar foguetes poderosos o suficiente para enviar astronautas à Lua no final desta década.
“Precisamos estar muito preocupados com o fato de a China estar pousando na Lua e dizendo: ‘é nossa agora e você fica de fora’”, disse o administrador da Nasa, Bill Nelson, ao jornal alemão Bild.
O chefe da agência espacial dos Estados Unidos afirmou que o programa espacial da China é militar e que a China roubou ideias e tecnologia de outros.
“Esta não é a primeira vez que o chefe da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA ignorou os fatos e falou de forma irresponsável sobre a China”, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.
“O lado norte-americano constantemente construiu uma campanha de difamação contra os esforços normais e razoáveis da China no espaço sideral, e a China se opõe firmemente a tais comentários irresponsáveis”.
A China sempre promoveu a construção de um futuro compartilhado para a humanidade no espaço sideral e se opôs ao seu armamento e a qualquer corrida armamentista no espaço, disse ele.
A Nasa, sob seu programa Artemis, planeja enviar uma missão tripulada para orbitar a Lua em 2024 e fazer um pouso tripulado perto do polo Sul lunar até 2025.
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