Sábado, 21 de Setembro de 2024

Home em foco Joe Biden acusa Donald Trump de usar linguagem da “Alemanha nazista”; presidente norte-americano fez duras críticas a seu antecessor

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Na véspera do terceiro aniversário do ataque ao Capitólio, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou seu antecessor, Donald Trump, de usar linguagem “nazista” e de estar “disposto a sacrificar a democracia” americana. As falas do democrata ocorreram durante o primeiro discurso do ano eleitoral nos EUA, no qual Biden buscará a reeleição na corrida pela Casa Branca, tendo o republicano como seu mais provável adversário.

“Ele fala sobre o envenenamento do sangue dos americanos, ecoando exatamente a mesma linguagem usada na Alemanha nazista”, afirmou o democrata sobre as declarações de Trump a respeito dos migrantes que atravessam a fronteira com o México.

O evento na cidade de Blue Bell, na Pensilvânia — estado onde o presidente nasceu — estava inicialmente programado para ocorrer nesse sábado, 6 de janeiro, para coincidir com o dia em que uma multidão de simpatizantes de Trump invadiu a sede do Legislativo americano para tentar impedir a certificação da vitória de Biden nas eleições de 2020. Contudo, uma iminente tempestade de inverno o obrigou a antecipar o evento em um dia.

Biden também disse que os partidários do magnata “não só abraçam a violência política, como também riem dela”, referindo-se à invasão. “A campanha de Donald Trump está obcecada com o passado, não com o futuro. Ele está disposto a sacrificar nossa democracia e colocar-se no poder”, disse o presidente durante um discurso perto de Valley Forge, um local histórico da Guerra da Independência dos Estados Unidos.

Capitólio em foco

A campanha de Biden considera os eventos de 6 de janeiro como fundamentais para entender como se desenrolará a corrida de 2024. O foco de sua equipe é mostrar que Trump e os republicanos tentaram reescrever a História americana naquele dia, apontando que as imagens do tumulto no Capitólio permanecem gravadas na memória dos eleitores.

“Tentando reescrever os fatos de 6 de janeiro, Trump está tentando roubar a História da mesma maneira que tentou roubar a eleição. Mas conhecíamos a verdade porque vimos com nossos próprios olhos”, disse o democrata no discurso.

Para Biden, aqueles que invadiram o Capitólio “eram insurgentes, não patriotas”, e que o tumulto foi um “ataque violento”, não um protesto pacífico.

Trump, por sua vez, busca usar os eventos de 6 de janeiro a seu favor. Ele continua com a narrativa de que a eleição de 2020 foi roubada dele, numa repetição do grito de guerra que ele deu aos apoiadores naquele dia, quando disse a eles para “lutar como nunca antes”, caso contrário, “vocês não terão mais um país”.

Biden x Trump

Alguns democratas criticaram Biden por demorar a iniciar a campanha presidencial. O presidente não conseguiu convencer os eleitores de que a economia está melhorando sob sua gestão. Apesar do crescimento inesperado do emprego em dezembro, ele reconheceu nesta sexta-feira em comunicado que “alguns preços ainda estão muito altos para muitos americanos”.

Ele também enfrenta outros obstáculos, como a migração pela fronteira com o México, a divisão em seu partido por seu apoio à guerra de Israel contra o grupo fundamentalista islâmico palestino Hamas ou o bloqueio no Congresso à sua solicitação de mais fundos para a Ucrânia em sua guerra com a Rússia.

A recusa de Biden em mencionar as acusações criminais contra Trump, para evitar parecer que está influenciando o Judiciário, também o privou de uma de suas armas mais poderosas contra o republicano milionário de 77 anos.

Trump lidera Biden em várias pesquisas, e a aprovação do democrata entre o público é catastrófica. Sondagens da Gallup têm mostrado uma taxa de aprovação abaixo de 40% para o presidente desde outubro. Uma pesquisa do New York Times/Siena College de novembro indicou que Biden perderia para Trump em cinco dos seis estados-chave disputados.

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