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Redação Rádio Pampa
| 1 de abril de 2023
Lewis Hamilton fez uma curiosa revelação durante um evento nos bastidores do GP da Austrália, que acontece em Melbourne neste fim de semana. O piloto da Mercedes disse que num encontro com Elon Musk, CEO da SpaceX, recebeu a promessa de uma viagem à Lua.
“Elon esteve na minha festa em Austin nos últimos anos. Não é nada fácil falar com alguém como ele, que tem a mente tão expandida. Fico todo nervoso quando estou com ele”, confessou Hamilton. “Mas é claro que falamos sobre pousar na Lua e para onde vamos a seguir. Então, eu vou sim, em algum momento. Vou deixar algumas outras pessoas irem primeiro porque essas coisas explodem no caminho!”
O piloto britânico disse ainda que a Lua não é o único destino possível para a viagem espacial.
“Ele também está falando em ir para Marte, e eu estou pronto para ir ao espaço a qualquer momento”, disse Hamilton, brincando sobre a possibilidade de comandar ele mesmo a nave. “Eu disse a ele que pilotaria a nave, mas acho que é tudo automatizado.”
No GP da Austrália deste domingo (2), o inglês larga na terceira posição, logo atrás de seu companheiro da Mercedes, George Russell. Max Verstappen, da RBR, conquistou a pole position na classificação desse sábado (1º).
Agradecimento
Hamilton agradeceu a Justiça brasileira pela decisão judicial que condenou o ex-piloto Nelson Piquet. A sentença em primeira instância estabeleceu que o brasileiro deve pagar R$ 5 milhões em indenização por racismo e homofobia.
“Gostaria de agradecer ao governo brasileiro. Acho incrível o que eles fizeram, responsabilizando alguém, mostrando às pessoas que isso [preconceito] pode ser tolerado”, afirmou Hamilton ao “Sky Sport”, no autódromo Albert Park, em Melbourne, onde vai acontecer o Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1.
Após o comentário inicial, Hamilton não quis prosseguir tratando deste assunto.
“Ainda acho que, em geral, não devemos dar às pessoas que estão cheias de ódio um alto-falante”, acrescentou.
Piquet foi condenado por ter chamado Hamilton de “neguinho” em uma entrevista. O caso foi julgado na 1ª instância da Justiça de Brasília e cabe recurso.
A ação foi movida por organizações de direitos humanos e LGBTI. As entidades sustentam que em entrevista a um canal no YouTube Piquet foi racista com Hamilton ao comentar um acidente que ele se envolveu com Max Verstappen, genro de Piquet, em 2021, e compará-lo com um episódio que aconteceu com Ayrton Senna, em 1990.
“O neguinho meteu o carro e não deixou (desviar). O Senna não fez isso. O Senna saiu reto. O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro (Verstappen) se f… Fez uma p… sacanagem”, afirmou na ocasião.
O juiz Pedro Matos de Arruda, da 20ª Vara Cível de Brasília, em sua decisão, disse que “no sentido de que não se deve apreciar apenas a função reparatória da responsabilidade civil, mas também (e talvez principalmente) a função punitiva, exatamente para que, como sociedade, possamos nos ver algum dia livres dos atos perniciosos que são o racismo e a homofobia”.