Domingo, 24 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 31 de março de 2022
A menos de nove meses para a Copa do Mundo, o Brasil vai passou a liderar o ranking da Fifa, desbancando a Bélgica, algoz no Mundial da Rússia, e também é líder nas casas de apostas como favorito ao título no Catar, à frente da França, atual campeã. Mas o que tornou a muitas vezes criticada seleção de Tite o grande nome do principal torneio de futebol?
Independentemente de resultados e atuações, o peso do Brasil numa Copa do Mundo segue o mesmo. O pentacampeão mundial também era apontado como favorito nas casas de apostas antes da edição de 2018, ao lado da Alemanha, e figurava em segundo no ranking da Fifa, atrás justamente dos alemães, então campeões mundiais.
Porém, nos últimos meses, a percepção em relação à seleção de Tite também vem mudando, e a goleada sobre a Bolívia, na terça-feira, em La Paz, reforça o sentimento. Os números frios sempre estiveram ao lado do técnico. À frente do Brasil desde setembro de 2016, o treinador tem 80% de aproveitamento e apenas cinco derrotas em 72 jogos – três delas para a Argentina, a última na final da Copa América no Maracanã. Em 2018, por exemplo, a equipe perdeu apenas uma vez: justamente nas quartas de final do Mundial da Rússia diante da Bélgica.
Mas o desempenho técnico nem sempre foi parceiro de Tite. Daí surgiram as críticas. No ano do único título da seleção com o treinador, a Copa América de 2019, por exemplo, o time apresentou seu pior aproveitamento. Pouco mais de 60% nos 16 jogos disputados.
Nas Eliminatórias Sul-americanas, os resultados incontestáveis, aos poucos, foram dando as mãos a novas possibilidades de jogo com novos convocados. O Brasil conquistou a vaga com cinco rodadas de antecedência, invicta, e alcançou a marca de melhor campanha do torneio eliminatório. Até então era da Argentina de Bielsa, em 2002, com 43 pontos. A seleção brasileira soma 45 pontos, e ainda tem o jogo adiado com os argentinos. Não é algo que garanta título diante das forças europeias, mas demonstra a superioridade absoluta do Brasil no continente.
O novo ânimo veio do frescor com os jovens, como Vini Jr, Raphinha, Matheus Cunha, Antony, Bruno Guimarães, Paquetá, e a esperança de que Neymar, aos 30 anos, os lidere sem que a seleção dependa tanto do talento do camisa 10. Em quatro jogos deste ano, a seleção ganhou por goleada de 4 a 0 as últimas três. Paraguai, Chile e Bolívia estão longe de ser grandes adversários, mas já dificultaram a vida do Brasil em outros momentos. Mais do que o resultado em si, a maior fluidez de jogo e opções de um time ofensivo compõem o cenário do favoritismo da seleção.
No Ar: Pampa Na Tarde