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Por Redação Rádio Pampa | 5 de março de 2022
Um pedaço de propulsor de foguete, que pesa três toneladas, atingiu a Lua na sexta-feira por volta das 9h25 (horário de Brasília). O impacto marca a primeira colisão lunar não intencional envolvendo restos de uma espaçonave. Antes disso, apenas sondas de missões que pousaram em solo lunar colidiram com o satélite.
Desde fevereiro especulava-se que poderiam ser restos de um foguete da SpaceX. Posteriormente, especialistas passaram a considerar que os detritos eram parte de uma missão chinesa, que nega a autoria. Até o momento, ninguém sabe quem é o dono do material que atingiu a Lua.
Com a colisão, estima-se que seja criado uma cratera que pode ir até 20 metros de diâmetro. Com a ausência de atmosfera na Lua, o ‘buraco’ ficará lá para sempre, uma vez que não está sujeito às condições meteorológicas. Entretanto, devemos ter detalhes sobre o impacto nas próximas semanas.
Segundo o site Space.com, o LRO (Orbitador de Reconhecimento Lunar), uma espaçonave da Nasa que fica na órbita da Lua, provavelmente não estava em posição para captar informações sobre o local. Outra possibilidade é a sonda indiana Chandrayaan-2, que também orbita nosso satélite, tirar fotos do local para, assim, sabermos sobre o impacto e, talvez, a origem desses detritos.
Quem é o dono?
Num primeiro momento, o astrônomo Bill Gray achou que eram restos de um foguete Falcon 9, da SpaceX, disparado em 2015 para levar ao espaço satélites do governo dos Estados Unidos.
Após alguns dias, Gray refez cálculos e emitiu uma errata no site Project Pluto, projeto que desenvolve focado em observações espaciais de elementos ao redor da Terra. Ele concluiu que o lixo espacial pertencia a um foguete chinês lançado em 2014 como parte da missão Chang’e 5-T1.
O governo chinês, por sua vez, negou que o lixo espacial era parte de uma missão conduzida pelo país. Um porta-voz disse que o equipamento espacial já teria caído na atmosfera da Terra e entrado em combustão.
No inicio de março, o Comando Espacial dos Estados Unidos, que detecta lixo espacial informou que o detrito pode ser de origem chinesa. Segundo a organização, o “estágio superior” – uma das partes do lançador espacial – do foguete chinês, lançado em 2014, nunca saiu de órbita. No entanto, eles não afirmam categoricamente a origem do equipamento ou país responsável pelos destroços.
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