Terça-feira, 25 de Fevereiro de 2025

Home Política Lula diz que preços não são controlados do “dia para a noite” e promete “três políticas de crédito”

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo irá trabalhar para que o preço dos alimentos “volte ao poder aquisitivo do trabalho”. Ele afirmou que irá anunciar “três políticas de crédito” para favorecer o pequeno e o médio empreendedor e que a iniciativa será a “maior política de crédito já feita neste País”.

Em entrevista à Rádio Tupi FM do Rio de Janeiro, Lula não quis adiantar quais são essas medidas. “Ainda tenho três coisas para anunciar ao povo brasileiro, três políticas de crédito para favorecer o pequeno e médio empreendedor. Será a maior política de crédito deste País. Na minha opinião, o dinheiro tem que circular para gerar desenvolvimento e crescimento”, afirmou.

Segundo o presidente, o governo quer que o Brasil exporte, mas os preços dos alimentos cobrados dos brasileiros não podem ser os mesmos das exportações, em meio a um cenário de dólar em alta.

Lula disse ainda ter achado um absurdo quando lhe disseram que uma caixa com 30 ovos estava custando R$ 40. Ele afirmou que, “no momento em que estamos vivendo, não conseguimos controlar os preços do dia para a noite”. O presidente voltou a dizer que o “povo vai voltar a comer picanha” e prometeu redução no preço da carne.

O petista afirmou também que a economia brasileira deverá crescer 3,8% em 2024 e que continuará avançando neste e no próximo ano. Segundo Lula, o País está crescendo com a inflação “razoavelmente controlada”. Ele disse que o governo terá reuniões com atacadistas para estudar uma forma de reduzir os preços dos alimentos.

Preço do ovo

O preço do ovo subiu quase 40% desde o começo de 2025. Algumas razões explicam a disparada do preço do ovo nos mercados brasileiros. Um dos motivos são as temperaturas mais altas nesse início de ano que vêm afetando a produção.

O calor compromete a saúde e a produtividade das aves, a qualidade e a durabilidade dos ovos. No verão, o custo de galinheiros climatizados sobe, já que precisam de mais energia. O milho também entra nessa mistura, já que o preço da ração subiu 30%. E as embalagens dobraram de preço. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP, nas primeiras três semanas de fevereiro, o preço médio da caixa com 30 dúzias de ovos atingiu R$ 198,40, o que corresponde a aumentos de 39,4% em relação a janeiro de 2025 e de quase 20% em comparação com o mesmo período de 2024.

Além disso, a oferta do produto deve diminuir em função das vendas para fora do país. Em janeiro, os Estados Unidos aumentaram em 62% a importação de ovos brasileiros. As exportações representam 1% da produção nacional.

“Quando nossa moeda desvaloriza frente ao dólar, é como se o produto brasileiro entrasse em promoção. A gente vende mais, exporta mais. Exportar é bom, inclusive para balança comercial. Mas é um desafio para inflação porque a gente desabastece o mercado brasileiro em um período em que a demanda é um pouco maior. Então, isso joga um fôlego extra para novos aumentos de preço”, explica André Braz, economista da FGV Ibre.

Outras duas situações pressionam o preço do ovo nessa época: a volta às aulas, quando o produto é incluído na merenda, e a chegada da Quaresma, porque muitos cristãos deixam de comer carne. Segundo economistas, a demanda por ovos costuma ser maior até a Páscoa, quando, tradicionalmente, o consumo de carne volta a crescer. Com informações dos portais de notícias Estadão Conteúdo e g1.

 

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