Quinta-feira, 26 de Setembro de 2024

Home Política Lula diz que se Zelensky fosse esperto tentaria solução diplomática para a guerra

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, nessa quarta-feira (25), as críticas do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre a proposta do Brasil de se colocar como um mediador para um acordo de paz em meio ao conflito no Leste Europeu.

O líder ucraniano questionou durante discurso na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), o papel do governo brasileiro nas negociações para um possível cessar-fogo entre seu país e a Rússia.

Zelensky disse duvidar do “real interesse” de Brasil e China ao pressionarem para liderar o diálogo entre Kiev e Moscou. Os dois países europeus estão em guerra desde que o governo de Vladmir Putin decidiu invadir o território vizinho, em fevereiro de 2022.

“Precisamos deixar claro: a guerra acabou. Esta é a fórmula da paz. Que parte disto poderia ser inaceitável para qualquer um que defenda a Carta da ONU? Se alguém no mundo busca alternativas para qualquer um destes pontos ou tenta ignorar qualquer um deles, provavelmente significa que eles próprios querem fazer uma parte do que Putin está fazendo: o ponto que eles ignoram revela o desejo que eles estão escondendo”, declarou Zelensky.

“E quando a dupla chinesa-brasileira tenta crescer um coro de vozes — com alguém na Europa, com alguém na África, dizendo algo alternativo a uma paz plena e justa, surge a pergunta: qual é o verdadeiro interesse?”, acrescentou o ucraniano.

Segundo Lula, o presidente da Ucrânia falou “o óbvio” em seu discurso, que é defender a própria soberania, uma “obrigação dele”.

“Ele tem que ser contra ocupação territorial, é a obrigação dele. O que ele não tá conseguindo fazer é a paz. E o que nós estamos propondo fazer não é a paz por ele. Nós estamos é chamando a atenção para que eles levem em consideração que somente a paz vai garantir que a Ucrânia sobreviva enquanto país soberano e a Rússia sobreviva. É isso que nós estamos falando”, respondeu.

Segundo o petista, eles não precisam aceitar uma proposta de paz elaborada pelo Brasil e pela China, porque não há, de fato, uma proposta.

“Tem uma tese que é importante começar a conversar. Eu vou dizer mais, ele, se fosse esperto, diria que a solução é diplomática, não militar. Isso depende da capacidade de sentar e conversar, ou vir o contrário e tentar chegar a um acordo para que o povo ucraniano tenha sossego na vida, é isso”.

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