Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 16 de janeiro de 2023
O ministro da Agricultura, senador licenciado Carlos Fávaro (PSD-MT), garantiu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vai proibir a posse de armas de fogo no campo, usadas para proteção por fazendeiros, “muito menos permitir a invasão de terras produtivas no país”. Segundo o ministro, Lula quer manter um bom diálogo com o agronegócio brasileiro.
Em entrevista recente, Fávaro disse que, durante as eleições 2022, foram espalhadas muitas “fake news” nas redes sociais sobre as supostas ações do governo petista quando assumisse o poder, e que esse distanciamento do setor do agro – principal apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – é reflexo disso.
“Durante a campanha eleitoral, repetia-se a todo instante nas redes sociais que ‘se o Lula ganhar a eleição, ele vai acabar com o direito de propriedade’, que ‘se o Lula ganhar a eleição, as invasões de terra vão voltar’, ‘se o Lula ganhar a eleição, vai acabar o direito de ter arma de fogo na propriedade’. Tudo isso era mentira. Até mesmo porque o Lula já foi presidente da República e não retirou o direito de propriedade de ninguém, não taxou as exportações, não vai compactuar com invasões ilegais e não vai impedir o fazendeiro de ter uma arma para autodefesa”, afirmou à revista.
Em relação às invasões de terras produtivas, o ministro garantiu que já se reuniu com lideranças do Movimento Sem Terra (MST) e que isso não vai acontecer.
“A garantia de que não teremos baderna no campo são as leis. Pode ter certeza de que o presidente Lula, eu e a Justiça vamos cuidar disso. Invadiu, a Justiça manda fazer reintegração de posse e o estado cumpre. A lei serve para o MST, para os fazendeiros e para todos os brasileiros”, explicou.
Extremismo
Em sua opinião, o extremismo entre alguns representantes da categoria é concreto, mas argumenta que tal sentimento fica restrito a uma minoria que estava gostando do “passa-boiada” dos últimos quatro anos.
“Nós saímos de uma eleição em que o Brasil se dividiu, principalmente no agronegócio, setor que apoiou muito o bolsonarismo, que se engajou na campanha bolsonarista, às vezes de maneira até raivosa, como se viu. Temos agora de conscientizar todos de que a eleição acabou. É preciso olhar para a frente, mirar em construir um agro cada vez mais forte, sustentável, que respeite o meio ambiente, que cumpra as regras. Todos que pensarem dessa forma terão as portas abertas no governo. Minha missão é reconstruir essa ponte junto com o presidente Lula, com a ministra Marina Silva e todos os outros ministérios”, disse o ministro.
Apesar das críticas e de posicionamentos contrários à sua indicação para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fávaro disse que sua principal missão é reconstruir essa ponte com o setor, assim como os demais ministros e os outros setores da sociedade.
“Temos agora de conscientizar todos de que a eleição acabou. É preciso olhar para a frente, mirar em construir um agro cada vez mais forte, sustentável, que respeite o meio ambiente, que cumpra as regras. Todos que pensarem dessa forma terão as portas abertas no governo”, finalizou.
No Ar: Pampa Na Madrugada