Quarta-feira, 30 de Outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 28 de dezembro de 2022
Lula subirá a rampa do Planalto, dia 1º, protegido pela Polícia Federal, afastando o Exército de sua segurança. Situação curiosa para quem será o Comandante Supremo das Forças Armadas. Treinados para a missão, os militares farão a proteção “periférica” da posse no entorno do Planalto. Ex-chefe da segurança de Lula e virtual chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Gonçalves Dias, “GDias”, é criticado no Exército por “falta de personalidade” e por não defender a própria Casa.
Sem ambiente
O impasse revela a dificuldade do futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, de identificar militares que mereçam a confiança do presidente.
Desconfiança do Exército
A alegação petista é de “não confiar” no GSI, que até o governo FHC se chamava Gabinete Militar. Mas a desconfiança é em relação ao Exército.
GSI é só uma repartição
O GSI é apenas uma repartição com status de ministério. A questão não é perda de confiança na repartição e sim no Exército Brasileiro.
Tarefa de militar
Nos dois mandatos, teve militar de confiança chefiando do GSI, oficial general que escolhe a dedo cada um dos seguranças presidenciais.
Alcolumbre quer vaga de Dorinha no ministério
Professora Dorinha (União-TO) nem foi anunciada ministra e sofre para se manter no páreo. O senador Davi Alcolumbre (AP), que trabalha diuturnamente para pegar a vaga, procurou Lula na última semana e foi só lamentações quanto a correligionária. Lembrou da agilidade da PEC Fura-Teto na CCJ, que o próprio preside, e espera tanto prestigio quanto o relator da pec na Câmara, Elmar Nascimento (União-BA), também cotado para assumir uma vaga na Esplanada do futuro governo Lula.
Falando mal
Lula acha que Dorinha leva “diversidade” para o ministério. Alcolumbre reclama que é recém-chegada no Senado e levou a vaga da bancada.
Desconfiança
Senadores do União preferem mesmo Professora Dorinha. Dizem que Alcolumbre não ouve os colegas, só pensa nele a não é aliado confiável.
Inimigo em comum
Alcolumbre conversou com o MDB, que disputa com o União o Ministério das Cidades. Não foi para defender Dorinha no comando da pasta.
Batendo em retirada
O presidente Jair Bolsonaro viaja mesmo para os Estados Unidos, onde encontrará o filho Carlos, que seguiu antes. Passará a virada do ano bem longe da posse de Lula e de retaliações. Viaja sem a mulher e a filha.
Desmobilização
O governador Ibaneis Rocha informou que a desmobilização do acampamento de manifestantes anti-Lula em frente ao quartel, em Brasília, acontece naturalmente e “deve se intensificar até dia 1º”.
Às favas os escrúpulos
A briga pelo controle dos bancos públicos derrubou as ações do Banco do Brasil. A disputa entre Fernando Haddad e Simone Tebet sinalizou que a turma pode fazer uso político, portanto inescrupuloso, dos bancos.
Esperta rotina
São quase semanais as denúncias de “bombas” em Brasília, como a de ontem, uma bolsa com roupas velhas, só para esticar feriadões. Nem merecem cobertura da imprensa. Veterano jornalista costumava lembrar que em 40 anos de batente nunca viu uma bomba explodir na capital.
Moderação
À cúpula de segurança, em Brasília, o futuro ministro da Defesa José Mucio Monteiro disse ser contra uso da força para retirar as barracas da frente dos quarteis. Acredita serem manifestação política e pacífica.
Cedeu
A posse do futuro comandante do Exército já nesta sexta-feira (29), com concordância do presidente Jair Bolsonaro, mostra surpreendente entendimento entre o atual e o futuro governo, na área da Defesa.
Não é comigo
Sobre o imbróglio envolvendo a faixa presidencial, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse que não foi procurado para fazer a aposição do símbolo do poder em Lula, no dia da posse.
Luta interna
Pesquisa Rasmussen aponta que 20% dos eleitores americanos acreditam que a oposição ao seu partido de coração é “o maior inimigo do país”; à frente até da Coreia do Norte (5%) ou Irã (2%).
Pensando bem…
…acabou que a “frente ampla” era só o PT mesmo.
PODER SEM PUDOR
Elegância presidencial
O vaidoso Juscelino Kubitschek jamais negligenciava a elegância. Certa vez, num voo do Rio para o canteiro de obras de Brasília, foi despertado em meio a forte turbulência pelo aflito ajudante de ordens: “Senhor Presidente, estamos em pane e o problema é grave.” JK trocou de roupa com calma, vestindo seu terno. Ajeitava o nó da gravata quando viu a cara de incredulidade do jovem capitão. O presidente sorriu: “O avião pode cair. Não fica bem o corpo do presidente ser encontrado vestindo pijama…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
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