Home Variedades Mãe de Isabella Nardoni chora em trailer de documentário da Netflix sobre o caso

O documentário Isabella: o Caso Nardoni, sobre o crime que chocou o País em 2008, ganhou trailer e data de estreia nessa terça-feira (1º). A produção chega à Netflix no dia 17 de agosto.

O longa-metragem vai analisar e revelar detalhes sobre o crime por meio de depoimentos inéditos da mãe e dos avós de Isabella, assim como de jornalistas, peritos e advogados de defesa.

Já na prévia, Ana Carolina Oliveira, a mãe da menina que foi assassinada com apenas cinco anos, aparece chorando ao contar o que fez quando descobriu que a criança não havia sobrevivido.

Ela lembra as últimas palavras ditas para a filha, que morreu aos 5 anos. “Quando eu realmente vi que ela não tinha sobrevivido, a única coisa que eu consegui falar no ouvido dela foi: ‘Você pode ir. Vai em paz que eu vou cuidar de tudo que aconteceu aqui’.”

Isabella foi jogada pela janela do apartamento de seu pai e da madrasta, em São Paulo. O documentário também vai mostrar como o caso foi espetacularizado pela mídia e quais provas apontaram para os culpados.

“A produção traz ainda reflexões sobre a nossa sociedade, sobre a justiça criminal – na verdade, sobre o nosso sistema como um todo – e ainda sobre o sensacionalismo”, disse Claudio Manoel, que dirigiu o projeto ao lado de Micael Langer.

Em uma determinada parte do trailer, um homem não identificado cita que “o sistema judiciário não estava preparado para um caso com essa dimensão”.

Caso

Isabella Nardoni foi encontrada morta, no dia 29 de março de 2008, após ter sido jogada de uma altura de seis andares, no jardim do Edifício London, prédio residencial na Zona Norte de São Paulo. No apartamento, que pertencia a seu pai, Alexandre Nardoni, moravam, além dele, a madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, e dois filhos do casal, um de onze meses e outro de três anos. A menina já estava morta com a chegada da ambulância.

O pai de Isabella teria afirmado em depoimento que o prédio onde mora fora assaltado e a menina jogada por um dos bandidos. De acordo com a imprensa, ele teria dito que deixou sua mulher e os dois filhos do casal no carro e subiu para colocar Isabella, que já dormia, na cama.

Alexandre teria descido para ajudar a carregar as outras duas crianças, e, ao voltar ao apartamento, viu a tela cortada e a filha caída no gramado em frente ao prédio. Entre o momento de colocar a filha na cama e a volta ao quarto teriam passado de 5 a 10 minutos, de acordo com seu depoimento.

Dias depois, a investigação constatou que a tela de proteção da janela do apartamento fora cortada para que a menina fosse jogada e que havia marcas de sangue no quarto da criança.