Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024

Home Ciência Maior e mais caro telescópio espacial, Observatório James Webb decolará depois de 25 anos e tentará enxergar primeiras galáxias do universo

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O Telescópio Espacial James Webb, o maior, mais poderoso e mais caro já produzido, está empacotado em seu foguete e deve decolar neste sábado (25), às 9h20 (hora de Brasília), rumo ao espaço. A missão considerada sucessora do Telescópio Espacial Hubble parte da base aérea de Kourou, na Guiana Francesa. Se tudo der certo, o novo observatório chega em duas semanas ao local onde ficará orbitando o Sol, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.

O projeto, que levou 25 anos da concepção ao lançamento, custou cerca de 10 bilhões de dólares às agências espaciais americana (Nasa) e europeia (ESA) e gera um imenso entusiasmo na comunidade astronômica. Com um espelho coletor de luz de 6,5 metros (o triplo do Hubble), astrônomos esperam conseguir ver as primeiras galáxias formadas no universo e responder a questões importantes da cosmologia.

A alegria pela antecipação do que pode ser descoberto, porém, está em par com o clima de tensão entre os cientistas, porque o James Webb é também uma das missões mais complexas já conduzidas pela Nasa e seus parceiros. Tudo precisa dar certo porque, se o telescópio apresentar problemas, estará longe demais para que astronautas possam ir consertá-lo (tal qual aconteceu com o Hubble).

O projeto foi um desafio de engenharia do começo ao fim, porque mesmo o maior foguete disponível para lançar o telescópio, o gigante francês Ariane 5, não era capaz de acomodá-lo. A solução foi criar um telescópio que se dobra como um origami dentro de um envelope e depois se desdobra quando chega ao espaço e sai de sua cápsula. E o sistema que opera esse processo é extremamente complexo, com 344 diversos mecanismos envolvendo chips eletrônicos, motores, cabos, roldanas e dobradiças.

“Há muitas maneiras de se medir complexidade, e uma delas é contar a quantidade de pontos críticos que precisam funcionar. Se olharmos por essa métrica, posicionar e preparar o James Webb é uma missão três vezes mais complexa do que pousar um jipe-robô em Marte”, afirmou Thomas Zurbuchen, diretor de missões científicas do QG da Nasa, em entrevista coletiva.

“De qualquer forma, todas as partes que estão sendo usadas foram testadas, o que nos dá a confiança. Por isso, estamos dormindo tranquilos”, completou.

Poucos projetos da agência espacial norte-americana tiveram tantos adiamentos quanto o James Webb, que parou diversas vezes desde sua concepção há 25 anos. Para seguir adiante, a missão teve que esperar o desenvolvimento de novas tecnologias, redesenhar componentes críticos e negociar estouros de orçamento.

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