Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 13 de janeiro de 2025
Perto de completar uma semana da abertura das inscrições para o alistamento militar voluntário feminino, o Ministério da Defesa já registra mais de 15 mil interessadas. Ao todo, as 1.465 vagas são disponibilizadas em Brasília e em outros 28 municípios de 13 Estados.
O processo foi aberto em 1º de janeiro e busca aumentar o efetivo das Forças Armadas. Podem se inscrever mulheres nascidas em 2007 e que completam 18 anos em 2025. O período de alistamento segue até 30 de junho. As interessadas devem ficar atentas às regras do recrutamento, dividido em etapas.
A primeira fase é o alistamento, que pode ser feito de forma online ou presencial, em uma Junta de Serviço Militar, nos 28 municípios. As inscritas também têm a possibilidade de escolher em qual força desejam ingressar. Será levado em conta a disponibilidade de vagas, a aptidão da candidata e a especificidade exigida pelo Exército, Marinha e Aeronáutica. A seleção conta com testes físicos e inspeção de saúde, que incluem exames clínicos e laboratoriais.
Entre os dias 1º e 10 de janeiro, 4.806 mulheres do Rio de Janeiro se alistaram para concorrer a vagas na Marinha, Exército e Aeronáutica. É mais do que o triplo do registrado pelo segundo colocado, São Paulo, com 1.453 inscrições.
Segundo o Exército, a expectativa é aumentar progressivamente o número de vagas, conforme adesão de mais organizações militares. As mulheres representam apenas 10% do efetivo das Forças Armadas. No total, são cerca de 37 mil mulheres militares.
Atualmente, o ingresso pode ser feito como oficiais ou sargentos de carreira por meio de concurso público. Outra possibilidade é a seleção de mulheres como oficiais e sargentos temporárias (servindo por até oito anos), por meio de seleção conduzida pelas regiões militares. Para homens, o alistamento é obrigatório, imposto a todos que atingem 18 anos, e está previsto na Constituição.
O serviço feminino voluntário não garante estabilidade. A duração será de aproximadamente 12 meses, que podem ser prorrogados anualmente até oito anos. As mulheres incorporadas terão direito à remuneração, auxílio-alimentação, contagem de tempo para aposentadoria, além da licença-maternidade.
De acordo com as Forças Armadas, o treinamento físico será equivalente ao dos homens, com critérios específicos para cada Força. Após a incorporação, as mulheres também poderão realizar cursos de capacitação profissional em diversas áreas.
Após o período na ativa, as mulheres receberão o Certificado de Reservista e a Certidão de Tempo de Serviço. Segundo o Exército, em caso de mobilização, elas poderão ser convocadas, assim como os homens, conforme previsto na Lei do Serviço Militar e em decretos sobre o tema.
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