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Por Redação Rádio Pampa | 28 de junho de 2022
A doença de Parkinson afeta geralmente pessoas com mais de 60 anos de idade, embora também possa acometer jovens, como o ator canadense Michael J. Fox – o Marty McFly da trilogia “De Volta Para o Futuro”. Ele se descobriu com a doença aos 30 anos e, assim como outros jovens diagnosticados com Parkinson, segue tratamento para minimizar os efeitos da doença. Nos últimos dias a jornalista brasileira Renata Capucci, 49 anos, revelou que tem a doença desde os 45 anos. Médicos alertam para que os jovens se atentem aos sintomas para a descoberta de um possível diagnóstico da doença.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem doença de Parkinson. No Brasil, a estimativa é de aproximadamente 200 mil pessoas com a doença. Nos Estados Unidos, onde existem dados por faixa etária, a doença de Parkinson afeta até 2% das pessoas com mais de 70 anos, mas vai se tornando rara conforme a diminuição da idade. Dos 40 aos 50 anos, a doença está presente em 0,05% da população e, abaixo dos 40 anos, em apenas 0,005%. Isso significa menos de 16 mil pessoas em um país com cerca de 319 milhões de habitantes.
Renata Capucci também contou como foi o momento do diagnóstico: “Aquilo caiu como uma bigorna em cima da minha cabeça”. Em podcast, ela disse que já encara a doença de uma forma diferente: “Já passei por todas as fases, da depressão, da negação. Hoje, eu estou na fase cinco que eu olho a doença de frente e eu falo assim: ‘Senhor Parkinson, eu tenho você, você não me tem […] Eu me sinto feliz, apesar de tudo. Eu não sou café com leite por ter doença de Parkinson, eu faço todas as matérias. Não me sinto diminuída”.
Descrita pelo médico inglês James Parkinson, em 1817, a doença de Parkinson ocorre por degeneração progressiva de áreas específicas do sistema nervoso, cuja causa exata ainda é desconhecida. Ela surge quando as células nervosas da base do cérebro que produzem dopamina, um neurotransmissor, são destruídas lenta e progressivamente. Com a perda desse grupo de células, a coordenação motora fica prejudicada.
Sintomas
Apesar dos sintomas motores serem a principal característica da doença e determinarem seu diagnóstico, os sintomas não motores são muito importantes por causarem grande impacto na qualidade de vida do paciente.
Sintomas motores são: tremor (que pode estar ausente em 20% dos casos); rigidez; lentidão; distúrbio de marcha e equilíbrio; e escrita diminuída.
Sintomas não motores são: depressão, ansiedade, transtornos do humor, apatia; psicose; distúrbios cognitivos; disfunções autonômicas (hipotensão postural, sintomas gastrointestinais, constipação, problemas urinários, disfunção sexual); e distúrbios do sono.
O diagnóstico da doença é feito com base na história clínica do paciente e no exame neurológico. Não há nenhum teste específico para o seu diagnóstico ou para a sua prevenção.
No Ar: Pampa Na Madrugada