Terça-feira, 24 de Setembro de 2024

Home em foco Ministério Público aponta deputado como mandante do assassinato de jornalista no Rio de Janeiro

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O Ministério Público (MP) denunciou o deputado estadual Renato Machado (PT) como mandante da morte do jornalista Robson Giorno, ocorrida em 2019, em Maricá (RJ). Na decisão, foi argumentado que o parlamentar “foi o mandante do assassinato, planejando, determinando e dirigindo a atividade criminosa”.

A denúncia aponta que a morte de Robson Giorno foi encomendada por Renato Machado por causa de ataques à reputação dele sobre uma relação extraconjugal e uma suposta gravidez. O MP afirma que o crime foi cometido por motivo torpe: vingança.

Além do deputado, outras três pessoas foram acusadas pela morte do jornalista: Rodrigo José Barbosa da Silva, o Rodrigo Negão; Davi de Souza Esteves, o subtenente Davi e; Vanessa da Matta Andrade, a Vanessa Alicate.

Robson Giorno foi morto em maio de 2019 com seis tiros na frente da esposa. O profissional era empresário e dono do jornal “O Maricá”.

O deputado Renato Machado enfrenta outras acusações do Ministério Público. Ele é réu em um processo por desvio e lavagem de dinheiro em uma investigação da Polícia Civil que envolve obras públicas.

Segundo o MP, Renato integrava uma organização criminosa em Maricá entre 2019 e 2022 que tinha como objetivo subtrair recursos do município e destinar ao seu próprio matrimônio.

Entenda o caso

O crime aconteceu em 2019, quando a vítima, proprietária de um jornal local, foi morta a tiros ao sair de casa. Além do político, outras três pessoas são acusadas do crime. A denúncia foi enviada à Justiça pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ), em 5 de julho. O parlamentar nega envolvimento no crime.

A motivação do crime teria sido a insatisfação de Machado com reportagens publicadas por Giorno, que insinuavam que o deputado havia tido um caso extraconjugal com Vanessa da Matta Andrade, a Vanessa Alicate. Ela é acusada de ser a mandante do assassinato do ex-companheiro Thiago André Marins e do pai dele, o vereador Ismael Breve de Marins.

‘Zero interferência’

O PT governa Maricá há 16 anos. Vice-presidente nacional do PT e candidato do partido, mais uma vez, à prefeitura de Maricá, Washington Quaquá não acredita que o caso respingue na sua campanha, que está na reta final:

“Haverá zero interferência na campanha. Eu sou quem mais cobra a elucidação desse crime. Todo mundo sabe que eu nunca me meti com esse tipo de gente. Denunciei ao MP as mortes (além de Giorno, os assassinatos do também jornalista Romário Barros, do vereador Ismael Breve e de seu filho Thiago Martins). Por isso, sofri ameaça do acusado conhecido como Rodrigo Negão. Os acusados chegaram a ser presos. Não entendi porque foram soltos depois. Havia uma quadrilha aqui. Pelo que se fala na cidade, matavam para empresários”.

Quaquá foi prefeito por dois mandatos, sendo substituído por Fabiano Horta, que exerce o cargo atualmente. Ele conta que, antes da denúncia do MPRJ, chegou a conversar com o deputado, que negou que tivesse participação na morte de Giorno. Mas o ex-prefeito não assume sua defesa:

“Não vou emitir juízo. Não estou aqui para fazer a defesa de ninguém. Estou aqui para cobrar a apuração correta dos assassinatos. Então, o Renato vai ter oportunidade de se defender durante o processo. No caso de a denúncia ser aceita (pela Justiça)”.

 

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