Domingo, 09 de Março de 2025

Home Economia Ministro da Agricultura minimiza fala de Lula sobre “atitudes drásticas” para conter a alta dos alimentos: “Não será preciso”

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Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que o governo tomará “atitudes drásticas” caso o preço dos alimentos não caia, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, descartou a adoção do que classificou como “medidas ortodoxas” para conter a alta da inflação. Em entrevista à GloboNews, o ministro enfatizou que o governo não recorrerá a medidas “pirotécnicas” para reduzir a inflação dos alimentos, como, por exemplo, uma intervenção artificial nos preços.

Durante sua visita a Minas Gerais, Lula se referiu especificamente ao preço do café e do ovo, que, segundo ele, estão excessivamente caros. Em discurso realizado em um evento do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), o presidente afirmou que o governo tem buscado soluções “pacíficas” para a situação, mas alertou que, caso as soluções não sejam eficazes, tomará “atitudes mais drásticas, porque o que realmente importa é garantir que a comida barata chegue ao prato do povo brasileiro”.

Pouco depois, na entrevista à GloboNews, Fávaro minimizou as declarações do presidente e garantiu que tais medidas não seriam necessárias.

“Nós estamos adotando as medidas de forma equilibrada, sem recorrer a nenhum tipo de pirotecnia. Eu acredito firmemente que não será necessário recorrer a medidas heterodoxas, sob nenhuma circunstância. É importante observar que, de maneira geral, os governos estão tomando medidas fora do padrão, mas um governo progressista como o do presidente Lula opta por seguir o caminho das medidas convencionais, aquelas que podem ser implementadas dentro das normas”, disse o ministro. Ele acrescentou que, com a colheita de uma grande safra e as ações já adotadas, como a redução a zero dos impostos de importação sobre nove itens da cesta básica, além de um esforço conjunto, os preços começarão a cair nas gôndolas dos supermercados.

Segundo Fávaro, caso Lula tivesse o mesmo perfil do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ele poderia ter tomado medidas mais radicais, como o corte de cotas e a taxação de produtos, mas, segundo o ministro, “não o fez porque sabe que tais medidas não seriam eficazes”. O ministro destacou que o governo optou por ouvir todos os elos da cadeia produtiva antes de adotar qualquer ação.

Fávaro também reafirmou que os governadores que ainda cobram ICMS sobre os produtos da cesta básica serão convocados para seguir o exemplo do governo federal, que isentou esses tributos.

“Haverá um chamamento. Tenho certeza de que os governadores que ainda insistem na cobrança terão a sensibilidade necessária para adotar as mesmas medidas”, afirmou o ministro. (O Globo)

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