Sábado, 01 de Março de 2025

Home Política Ministro da Agricultura rejeita “medidas heterodoxas” no agronegócio e Lula o chama para conversar

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para uma reunião na manhã dessa sexta-feira (28), após informações chegarem ao Palácio do Planalto de que o senador licenciado do PSD cogitou deixar o cargo devido à insatisfação com as propostas do governo para combater a inflação dos alimentos. O encontro surge em meio a uma crescente tensão dentro do governo, com o ministro Fávaro demonstrando desconforto com a ideia de adotar medidas consideradas “heterodoxas” para lidar com o problema inflacionário.

Entre as propostas em análise pelo governo, estariam a limitação de exportações por cotas e a redução das tarifas de importação de alimentos, medidas com as quais Fávaro e sua equipe técnica têm expressado forte discordância. O ministro, no entanto, tem se mostrado leal ao presidente Lula e, apesar de não concordar com as opções em discussão, tem evitado fazer críticas públicas. Em vez disso, cogitou a possibilidade de entregar o cargo, caso as medidas seguissem em frente. No entanto, em entrevista, Fávaro negou que tenha qualquer intenção de pedir demissão, deixando claro que ainda pretende seguir à frente da pasta.

As decisões sobre as ações para combater a inflação de alimentos serão tomadas pelo governo após o Carnaval, e as propostas poderão ser determinantes para o futuro de Fávaro como ministro. Até o momento, já foram realizadas três reuniões no Palácio do Planalto sobre o tema, envolvendo a Casa Civil, e discussões sobre a melhor estratégia a ser adotada para enfrentar o problema da inflação alimentícia. A situação continua sendo monitorada de perto, especialmente devido ao impacto que tais decisões podem ter no setor agrícola, vital para a economia do País.

Lideranças do agronegócio, cientes do descontentamento do ministro, têm procurado Fávaro, tentando convencê-lo a reconsiderar a ideia de deixar o governo. Fávaro, que é amplamente reconhecido como um ministro fiel à administração Lula, vê a taxação das exportações como um limite crítico para sua permanência no Executivo. O ministro já alertou seus padrinhos políticos sobre a incerteza que cerca seu futuro no cargo, demonstrando a complexidade da situação política e econômica que está sendo enfrentada pelo governo nesse momento delicado.

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