Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 22 de março de 2022
Se você está acostumado a consumir variados tipos de bebidas alcoólicas, já deve ter percebido que a ressaca é diferente para cada uma delas. E, por mais que pareça estranho, a ressaca provocada pelo vinho, por exemplo, é mais forte do que a causada pela vodca. Isso ocorre por conta de diferentes ingredientes e substâncias que resultam das bebidas ou são adicionadas nelas.
A dor de cabeça, um dos principais sintomas da ressaca, acontece por conta do acúmulo de acetaldeído, produto da metabolização parcial do etanol. Os vasos sanguíneos do crânio sofrem distensão, ou seja, eles aumentam de tamanho, provocando dores.
“No entanto, algumas bebidas possuem componentes adicionados ou provenientes do processo de suas produções que podem exacerbar esta queixa”, explica o endocrinologista Antonio Carlos Nascimento.
O vinho, por exemplo, possui em sua composição o anidriro sulfuroso um gás adicionado no engarrafamento para conservar melhor a bebida. Esse aditivo – com ação antioxidante e antisséptica – tem sido apontado como potencialmente tóxico, principalmente quando o consumo de vinho é exagerado. Ele aumenta dores de cabeça e de estômago, principalmente em pessoas mais sensíveis, como as asmáticas.
Já a vodca, assim como alguns destilados, passa por filtragens múltiplas que eliminam as “impurezas” da bebida, diminuindo o grau de toxicidade que provoca dores e desconfortos no dia seguinte. Por isso, uma vodca de qualidade provoca uma ressaca menos violenta do que outras bebidas alcoólicas.
Outros sintomas da ressaca
As ressacas, na maioria das vezes, não estão acompanhadas apenas de dores de cabeça. As náuseas e vômitos são bem frequentes e normalmente aparecem logo após a bebedeira. Esses sintomas estão relacionados à agressão da parede gástrica provocado pelo excesso de álcool. Já a diarreia, menos comum, também pode ser provocada pelo mesmo fator.
“O efeito diurético do álcool pode levar a importante desidratação e ser o lastro para variados sintomas, que incluem sede intensa e tontura. Tremores e sudorese podem se originar de hipoglicemia induzida pela ação etílica”, alerta Nascimento.
A agressividade da ressaca vai depender tanto do tipo e da quantidade de consumo de álcool, como da resistência e suscetibilidade de quem bebe. E, por isso, não há um “limite seguro” para consumo sem risco de sofrer com a ressaca no dia seguinte. Só não vai sentir os impactos do álcool quem não bebê-lo.
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