Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024

Home Ciência Nasa abre amostra da Lua guardada há 50 anos

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Cientistas da Nasa (agência espacial norte-americana) deram início à análise de uma amostra da superfície da Lua coletada há 50 anos, durante a missão Apollo 17, a sexta e última viagem tripulada do projeto Apollo. Identificado como 73001, o material foi recolhido pelos astronautas Eugene Cernan e Harrison Schmitt.

Um tubo de metal, contendo amostras do solo lunar, está lacrado desde 1972. O recipiente de 35cm de comprimento e 4cm de diâmetro, selado a vácuo, contém rochas e poeira retiradas de um depósito de deslizamentos de terra, na região da Lua conhecida como Vale Taurus-Littrow.

Um dispositivo do tipo manifold, batizado “abridor de latas Apollo”, foi desenvolvido especialmente para perfurar esse tubo, sem deixar gás escapar ou contaminar o material. As preciosidades são mantidas em uma estrutura reforçada, com uma segunda camada de vácuo e atmosfera controlada, no Centro Espacial Johnson, em Houston.

A demora para analisar a fração do solo lunar está relacionada ao fato de que pesquisadores da agência espacial acreditavam que seria possível obter informações mais precisas e conclusivas a partir da amostra com a evolução da tecnologia.

“A ciência e a tecnologia iriam evoluir e permitir que os cientistas estudassem o material de novas maneiras para abordar novas questões no futuro”, disse em comunicado Lori Glaze, diretora da Divisão de Ciência Planetária da sede da NASA.

Os pesquisadores esperam obter mais respostas sobre como deslizamentos de terra ocorrem no satélite. “Não temos chuva na Lua. Por isso não entendemos bem como os deslizamentos de terra acontecem na Lua”, disse à AFP Juliane Gross, vice-curadora da Divisão de Pesquisa e Exploração Apollo (ARES, na sigla em inglês).

Gases lunares

Entre as amostras coletadas há 50 anos, apenas duas foram seladas a vácuo e esta foi a primeira delas a ser aberta. Por conta da possível presença de gases lunares, cientistas se concentraram primeiramente em tentar extrair essas substâncias para em seguida analisar o material mais de perto.

No início de fevereiro, o tubo protetor externo foi removido pela primeira vez. No dia 23 do mesmo mês, os cientistas iniciaram um processo de semanas para perfurar o tubo principal e coletar o gás contido no interior. A expectativa é de que no segundo semestre a rocha seja cuidadosamente extraída e quebrada para poder ser estudada por diferentes equipes.

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