Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025

Home Ciência Nasa reduz para 0,28% o risco de impacto de asteroide na Terra

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A Nasa, a agência espacial norte-americana, anunciou nesta quinta-feira (20) que a chance de impacto do asteroide 2024 YR4 com a Terra em 2032 caiu para 0,28%.

Isso significa que a probabilidade de o objeto passar SEM causar danos subiu para 99.72%.

Até a noite da última quarta-feira (19), os cálculos da agência indicavam um risco de 3,1%, o maior já registrado para um asteroide desse porte.

No entanto, novas observações feitas entre os dias 19 e 20 de fevereiro permitiram refinar a trajetória do corpo celeste. Veja:

* Segunda-feira (17): A Nasa aumentou a chance de impacto do asteroide 2024 YR4 para 2,6% (1 em 38).
* Terça (18): A probabilidade subiu para 3,1%, a maior já registrada para asteroides desse tipo.
* Quarta (19): Novos dados reduziram a chance para 1,5%.
* Quinta (20): A estimativa caiu ainda mais para 0,28%, diminuindo o risco de impacto na próxima decada (1 em 370).

“Nossa compreensão do caminho do asteroide melhora a cada observação. Nós o manteremos informado”, afirmou a Nasa, em uma rede social.

Com esses novos dados, a agência também anunciou que a chance de um impacto do corpo celeste com a Lua aumentou ligeiramente para 1.

O asteroide, que tem entre 40 e 90 metros de largura, poderia impactar o nosso planeta em 22 de dezembro de 2032, segundo estimativas das agências espaciais internacionais, e potencialmente causar danos consideráveis, como a destruição de uma cidade.

Um prognóstico que é preciso levar com cautela, pois se baseia em dados preliminares e é provável que mude nas próximas semanas e meses, alertam especialistas consultados pela agência AFP.

“Não entro em pânico”, garantiu Bruce Betts, da organização americana Planetary Society. Mas pediu que se tenha atenção com esse asteroide, batizado “2024 YR4”.

Se atingir a Terra, seu impacto poderia ser 500 vezes mais potente que a bomba nuclear de Hiroshima, de acordo com as estimativas atuais. É o suficiente para arrasar uma cidade inteira, por exemplo, disse Betts. Ou até mesmo provocar um tsunami, se o impacto for próximo a uma ilha ou um litoral.

Os astrônomos conhecem bem o caminho orbital desses e de diversos outros Asteroides Próximos da Terra (NEO, na sigla em inglês).

Os NEO são objetos que têm órbitas que passam perto da Terra. Eles são classificados da seguinte forma, de uma forma dinâmica, de acordo com o comportamento médio de suas órbitas:

* Amors: não cruzam a órbita da Terra – ficam a todo tempo além do ponto mais distante da Terra.
* Apollos: são mais distantes do Sol que a Terra, mas chegam mais perto do sol que o ponto mais distante da órbita da Terra. O 7335 (1989 JA) é um Apollo.
* Atiras: são internos à órbita da Terra. Ou seja, não a cruzam.
* Atens: são uma espécie de oposto do Apollos, pois ficam mais perto do Sol que a Terra, mas chegam na “região” da orbita da Terra (o ponto mais distante da orbita deles é mais distante do Sol que o mais proximo da Terra).

A Nasa estuda a fundo a órbita desses corpos para justamente prever aproximações e probabilidades de impacto. Em 2022, a missão DART, desviou a trajetória de um asteroide a cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra, pela primeira vez na história.

Segundo a agência espacial americana, diariamente, cerca de cem toneladas de “material interplanetário” caem na superfície da Terra, mas a maioria desses objetos são minúsculas partículas de poeira que são liberadas por cometas (geralmente, os cometas são feitos de gelo e poeira, diferentemente dos asteroides, que são rochosos).

Missão espacial

De acordo com suas observações atuais, o 2024 YR4 estaria na mesma categoria de um asteroide que caiu em 1908 em uma região remota da Sibéria, devido a seu brilho.

Este fato pouco documentado provocou a destruição de centenas de milhares de hectares de floresta.

Caso o risco se confirme, a comunidade espacial internacional poderia considerar uma missão para desviar a trajetória do asteroide.

Os cientistas trabalham há anos no desenvolvimento deste tipo de meio de defesa planetária.

Em 2022, uma missão da Nasa conseguiu mudar a trajetória de um asteroide inofensivo ao fazer com que uma nave se chocasse contra ele, uma façanha digna de Hollywood.

 

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