Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 13 de agosto de 2022
Conforme venho escrevendo em meus artigos, as baterias dos veículos elétricos (VE’s) serão decisivas na redução do valor dos eletrificados e, consequentemente, na sua popularização no cenário mundial, principalmente no Brasil. Por outro lado, existe uma grande demanda por baterias mais eficientes que consigam ser recarregadas no menor tempo possível. Mas será que essa necessidade já começou a ser atendida?
Podemos dizer que sim. A fabricante chinesa CATL, fornecedora de marcas como Tesla e Volkswagen, desenvolveu uma nova bateria revolucionária. Sua tecnologia promete estender a autonomia de veículos elétricos para até 1 mil quilômetros. E não é só isso.
A empresa garante que o tempo de recarga, um incômodo para alguns, poderá levar 10 minutos, com uma regeneração de 80% da carga da bateria, em fontes de carga rápida. Esse é quase o tempo gasto para encher um tanque com combustível fóssil.
Por trás dessa rapidez está um novo sistema de resfriamento celular, cuja potência para troca de calor é quatro vezes maior que na geração anterior.
Mas qual é a diferença entre a nova bateria e as que já existem no mercado? Bem, a nova geração, que já estará equipando os primeiros veículos a partir de 2023, apresenta uma densidade energética de 255Wh/kg. Se compararmos com as baterias utilizadas na indústria automotiva (compostas por níquel-manganês-cobalto), que chegam próximo de 200Wh/kg, é um avanço considerável.
As montadoras sabem dessa necessidade e estão se mobilizando para terem em seu portfólio veículos elétricos com mais autonomia, para mitigar o receio do tempo de bateria, comum entre os proprietários de VE’s. Para isso, outros fabricantes de baterias apostam em acumuladores de energia menores, com maior durabilidade e com recarga mais veloz.
Assim como a chinesa CATL, outras empresas estão tentando novos materiais para a composição química da bateria (como o carbono de silício, tungstênio e nióbio). Mas por que isso é tão importante e sensível?
A bateria é o componente mais caro de um carro elétrico, então, um carregamento muito rápido aliado a uma infraestrutura de recarga eficiente, vai permitir que as montadoras produzam carros com baterias menores a preços mais acessíveis, o que poderia finalmente romper a barreira para a sua popularização.
No mercado global, a China lidera a produção de baterias e a CATL é, atualmente, a maior fabricante do planeta, seguida pela BYD — outra gigante chinesa —, que além de fabricar veículos elétricos tem conseguido significativos avanços com as baterias.
No mercado global, a China lidera a produção de baterias e a CATL é, atualmente, a maior fabricante do planeta, seguida pela BYD — outra gigante chinesa —, que além de fabricar veículos elétricos tem conseguido significativos avanços com as baterias.
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