Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 4 de março de 2022
Durante sua ronda por Marte, o rover Curiosity, da Nasa (agência espacial norte-americana), encontrou algo para lá de curioso. Na superfície do planeta vermelho estava uma formação rochosa que lembrava mais uma flor do que uma pedra.
Não, a escultura não foi moldada por nenhum artesão extraterrestre. Na verdade, ela é resultado do movimento da água, que parece ter carregado os minerais que cimentaram a rocha. Assim, ao sofrer erosão, parte da pedra se foi, mas as áreas cristalizadas se mantiveram. Mais uma evidência de que existiu água em Marte, algo comprovado pela ciência nos últimos anos.
A foto foi tirada com o Mars Hand Lens Imager (MAHLI), uma câmera posicionada no final do braço robótico do Curiosity. Na imagem, a formação pode até parecer grande, mas seu tamanho é inferior ao de uma moeda. O rover registrou a flor de Marte no dia 24 de fevereiro, na cratera Gale.
Não é a primeira vez que estruturas do tipo são registradas em solo marciano. Em 2004, o rover Opportunity já havia identificado minerais cristalizados pequenos e arredondados, que ficaram conhecidos como “mirtilos”.
O próprio Curiosity, que completa dez anos em Marte em 2022, também já havia detectado rochas esculpidas similares a flor de Marte. Cientistas acreditam que mais formações do tipo devem ser reveladas à medida que os rovers caminham pela superfície do planeta vermelho.
Desde o início de sua missão, o rover Curiosity coletou evidências químicas e minerais que confirmam que Marte foi um planeta habitável. Agora, ele segue investigando o solo para ajudar pesquisadores a determinar quando isso aconteceu.
O Curiosity não está sozinho no espaço. Hoje, ele divide espaço com o rover Perseverance e o helicóptero Ingenuity, que exploram a Cratera Jezero, a 3.700 quilômetros de distância da Cratera Gale.
Sonda
Com lançamento previsto para 2024, a sonda Europa Clipper, da Nasa, que será tão grande quanto um carro SUV quando estiver concluída, começou a ser montada. A missão tem por objetivo orbitar Júpiter e realizar sobrevoos próximos de Europa para coletar dados sobre a atmosfera, a superfície e o interior desta que é uma das maiores luas do maior planeta do sistema solar.
A equipe responsável por gerenciar a espaçonave tem plena convicção de que Europa abriga um oceano interno com o dobro da quantidade de água que os oceanos da Terra juntos, o que seria um indicativo de condições adequadas para suportar a vida como a conhecemos.
Segundo a Nasa, a espaçonave investigará tudo, desde a profundidade e a salinidade do oceano até a espessura da crosta de gelo, além das características de plumas potenciais que podem estar liberando água do interior do satélite natural de Júpiter para o espaço.
Quando estiver totalmente montado, o Europa Clipper contará com matrizes solares grandes o suficiente para cobrir uma quadra de basquete, que servirão para ajudar a alimentar a espaçonave durante sua jornada para a gelada Europa.
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