Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 25 de outubro de 2022
Em novo estudo publicado na revista científica Nature, um grupo de pesquisadores revelou a eficácia de anticorpos monoclonais no tratamento para HIV. Os cientistas testaram os efeitos de dois tipos de medicamentos experimentais em pessoas recentemente diagnosticadas com o vírus.
No novo estudo, os participantes foram divididos em quatro grupos: um deles recebeu o medicamento Romidepsin, que tem como objetivo evitar que o vírus se esconda nas células imunológicas do corpo, e outro ainda receberam anticorpos monoclonais contra o HIV, que podem eliminar as células infectadas e fortalecer o sistema imunológico.
Um terceiro grupo recebeu o tratamento padrão sem medicamento experimental, enquanto o quarto grupo recebeu uma combinação do tratamento padrão e os dois tipos de medicamento experimental.
Os resultados apontam que pessoas recém-diagnosticadas com HIV que recebem anticorpos monoclonais juntamente com seus medicamentos habituais para o HIV mostram redução na quantidade de vírus após o início do tratamento, e desenvolvem melhor imunidade, com o sistema imunológico suprimindo parcial ou completamente o vírus.
A pesquisa também sugere que os anticorpos monoclonais ajudam o sistema imunológico a reconhecer e matar as células infectadas. Os anticorpos também se ligam em grandes complexos aos vírus que acabam nos gânglios linfáticos, estimulando a capacidade de certas células do sistema imunológico de desenvolver imunidade ao vírus.
A ideia do estudo é apresentar uma maneira de fortalecer a capacidade do próprio corpo de combater o HIV, mesmo quando o tratamento padrão é interrompido.
Virulento
Pesquisadores indianos observaram se formas mais virulentas do HIV podem ser transmitidas dependendo da maneira como a pessoa é infectada. De forma preliminar, a equipe concluiu que as cepas do vírus da Aids, transmitidas através do sexo vaginal, são mais infecciosas que aquelas transmitidas pelo sexo anal. A ideia é que pequenas variações existem no vírus, formadas pelo grupo de pessoas que o transmite e contraem. Seria o tipo de “cepa do sexo vaginal”, mas o pensamento não é consenso entre cientistas.
Publicado na revista científica PLOS Pathogens, o estudo foi desenvolvido pelos cientistas Ananthu James e Narendra Dixit, ambos do Instituto de Ciência da Índia. No total, foram analisados dados de saúde de 340 mil pessoas que convivem com o HIV no mundo.
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