Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024

Home Cinema O cineasta brasileiro Karim Aïnouz festejou a seleção de seu filme Firebrand para a disputa da Palma de Ouro no Festival de Cannes

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O Brasil terá a chance de conquistar sua segunda Palma de Ouro em Cannes. O longa “Firebrand”, de Karim Aïnouz, foi selecionado para a disputa da premiação do festival francês de cinema. Ele é único representante latino-americano na corrida. “É uma alegria imensa estar novamente em Cannes, um festival que acompanha o meu trabalho e o cinema brasileiro desde sempre”, disse Aïnouz de Berlim, onde mora. A única produção brasileira a receber a Palma de Ouro foi o “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte, em 1962.

“Firebrand” é um drama histórico sobre Catherine Parr, a sexta e última esposa do rei Henrique VIII, tendo Alicia Vikander e Jude Law como o casal real britânico.

O brasileiro vai disputar o principal prêmio do festival contra nomes como Wes Anderson, Hirokazu Kore-eda, Wim Wenders, Ken Loach, Todd Haynes e Marco Bellocchio. O anúncio foi feito pelo diretor do festival, Thierry Fremaux, que confirmou ainda a exibição, fora da competição, dos filmes “Killers of tohe Flower Moon”, de Martin Scorsese, “The Idol”, de Sam Levinson, “Cobweb”, de Kim Jee-woon, e “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, de James Mangold.

“Em um momento tão importante de reconstrução do Brasil e do cinema brasileiro, fico muito orgulhoso de poder contribuir com a nossa presença no cenário internacional”, disse Aïnouz.

Visionária

“Firebrand é o retrato de uma mulher singular, Katherine Parr, uma visionária que mudou os rumos da história da Inglaterra, mas jamais teve sua vida contada no cinema, apesar de sua imensa e influente trajetória”, destacou Karim Aïnouz.

Segundo ele, o filme é, acima de tudo, uma celebração do legado feminino. “E essa história não poderia ter sido contada se eu não tivesse tido uma equipe com os melhores profissionais e dois grandes atores, Alicia Vikander e Jude Law”, acrescentou o diretor.

Karim Aïnouz já teve outras participações em Cannes: em 2019, foi o vencedor na mostra Un Certain Regard com “A Vida Invisível”; em 2011, disputou o Queer Palm com “O Abismo Prateado”; e, em 2002, participou da disputa com “Madame Satã”, novamente em Un Certain Regard.

Outros filmes

O Brasil tem outros dois filmes no festival, que acontece de 16 a 27 de maio. Um deles é “A Flor do Buriti”, de Renée Nader Messora, em parceria com o português João Salaviza, sobre a resistência do povo Krahô (na mostra paralela e na competitiva Un Certain Regard).

Kleber Mendonça Filho, que levou o Prêmio do Júri em Cannes por “Bacurau” em 2019, volta ao festival com seu novo filme “Retratos Fantasmas”, exibido fora de competição.

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