Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024

Home Saúde O iPhone 12 faz mal à saúde? Entenda a polêmica com a decisão francesa de suspender as vendas do modelo no país

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A Apple vai atualizar o iPhone 12 na França nos próximos dias, informou o ministro francês Jean-Noël Barrot, titular da pasta de Transformação Digital. O país suspendeu as vendas do modelo após constatar emissões acima do permitido de ondas eletromagnéticas.

Órgãos reguladores de Bélgica e Alemanha também informaram que vão revisar o uso do aparelho.

Mas, afinal, por que as vendas do iPhone 12 foram suspensas na França? Usar o aparelho faz mal à saúde? Entenda

Ondas eletromagnéticas

A Agência Nacional de Frequências (ANFR, que regula as frequências de aparelhos eletrônicos na França) constatou que o iPhone 12 emitia ondas eletromagnéticas acima dos limites estipulados no país.

No caso do iPhone 12, a ANFR registrou níveis de emissão e possível absorção pelo corpo humano atingindo 5,74 watts por quilograma (W/kg), enquanto o limite é fixado em 4 W/kg.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), “até o momento, não há evidências de que a exposição a campos eletromagnéticos de baixa intensidade seja prejudicial para a saúde humana”.

A própria ANFR informou que essa não conformidade não era motivo para um recall imediato do produto, o que indica que não há risco à saúde.

Ao jornal “Le Monde”, a Apple, que lançou o iPhone 15 na terça-feira, afirmou que se trata apenas de “um protocolo de teste específico utilizado pelos reguladores franceses e não a um problema de segurança”.

A empresa acrescentou que “desde o seu lançamento em 2020, o iPhone 12 foi certificado e reconhecido como estando em conformidade com todas as regulamentações e normas SAR (Taxa de Absorção Específica) aplicáveis em todo o mundo.”

Brasil

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) vai investigar o nível de radiação emitido pelo iPhone 12 no mercado brasileiro, após um órgão de vigilância da França suspender as vendas do modelo da Apple no país e a empresa americana anunciar uma atualização para o dispositivo a fim de evitar que o problema se alastre.

A Agência informou que tomou conhecimento do assunto. “A área responsável está se reunindo com os organismos de certificação e laboratórios e organizando uma supervisão de mercado. A gerência entrará em contato com o órgão regulador francês para saber mais informações e acionar a fiscalização”, diz.

Questionada sobre como iria funcionar a fiscalização no Brasil e quando deve começar, a agência disse que está em “fase de conversações”.

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