Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 18 de abril de 2024
A plataforma chinesa conhece dados pessoais do usuário, mas também o que lhe interessa e o que não, quem são seus amigos e até o ritmo em que digita. Nos últimos anos, o aplicativo tem se tornado alvo de suspeitas no Ocidente devido à “proteção de dados e coleta de dados para terceiros”. Tanto que foi proibida entre parte do pessoal da União Europeia e Estados Unidos.
Qualquer usuário pode solicitar ao TikTok uma cópia de seus dados. Para isso, é necessário entrar no aplicativo, clicar em “Perfil” na parte inferior e, no botão de menu – formado por três linhas horizontais -, escolher a opção “Configurações e privacidade”. Em seguida, é preciso clicar em “Conta” e em “Baixar seus dados”. Ao fazer isso, é possível escolher se deseja “todos os dados” ou apenas determinados “dados personalizados”.
O arquivo baixado contém várias pastas. A melhor maneira de saber o que o TikTok sabe sobre si mesmo é investigar cada uma delas. Em uma chamada “perfil”, a empresa recolhe todos os dados que o usuário forneceu ao abrir uma conta: desde a data de nascimento ao nome de usuário, endereço de e-mail, número de telefone, senha, biografia ou foto de perfil.
O TikTok também registra todas as vezes que um usuário entra em sua conta de qualquer dispositivo: sabe a data, o endereço IP, o tipo de dispositivo, seu sistema operacional, a rede (3G, 4G ou 5G) e o operador (a empresa que fornece a rede). Para recolher informações sobre a cidade ou país em que o usuário se encontra, a rede social utiliza informações técnicas como o cartão SIM e o endereço IP. Se for concedida permissão, também recolhe informações sobre a localização aproximada do dispositivo e os contatos da agenda telefônica. E não apenas isso: a plataforma recolhe automaticamente os padrões ou ritmos de digitação, conforme indicado em sua política de privacidade.
Motivo
Milhões de pessoas passam horas no TikTok, que recolhe informações de cada uma de suas ações na rede social. Em uma pasta chamada “histórico de navegação”, guarda o link de todos os vídeos que o usuário assistiu e quando o fez. Além disso, recolhe os efeitos, sons, hashtags e TikToks favoritos do usuário. Sabe se prefere o filtro que recria sardas no rosto, o que coloca cabeça gigante ou o que permite substituir o fundo do vídeo por qualquer imagem.
Também recolhe cada vídeo que foi compartilhado – dentro do aplicativo ou através de outro serviço como o WhatsApp – e cada busca feita na plataforma. Seja por “presentes para amantes de concertos”, “Ruslana OT” ou “planos para o fim de semana em Madrid”. A plataforma gerencia grande parte dos interesses de cada pessoa, em que idioma prefere ver os TikToks e com quem interage. Se em algum momento o usuário seguiu ou deixou de seguir estrelas como Charli D’Amelio, Lola Lolita ou Nuria Adraos.
Além do conteúdo que se vê ou com quem se interage, a rede social também identifica e recolhe características sobre cada vídeo publicado na plataforma: desde os hashtags até o que é dito nele e se inclui objetos, paisagens, rostos ou outras partes do corpo.
Se o usuário compra na plataforma, o TikTok também recolhe informações sobre a transação. Por exemplo, do cartão de pagamento, dados de faturação, entrega, informações de contato ou itens adquiridos.
Como limitar
O TikTok nos espia? De acordo com vários especialistas consultados pelo EL PAÍS, recolhe tantos dados quanto outras redes sociais. Um relatório da organização Internet 2.0 conclui que o TikTok não prioriza a privacidade. “As permissões e a recolha de informações do dispositivo são demasiado intrusivas e não são necessárias para que o aplicativo funcione”, afirma.
Se deseja ter uma conta no TikTok para aproveitar todas as suas funcionalidades, é possível restringir parcialmente a troca de dados nas configurações. “Ao se registrar pela primeira vez, uma boa opção é usar um telefone ou endereço de e-mail que não seja usado
No Ar: Pampa Na Madrugada