Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

Home em foco Ômicron XQ: “não há motivo para preocupação”, diz especialista

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A ômicron XQ, nova subvariante da covid, já foi detectada no Brasil. A cidade de São Paulo registrou os dois primeiros casos do país. As amostras foram sequenciadas pelo Instituto Butantan. A nova cepa é fruto da recombinação das linhagens BA.1.1 e BA.2 da ômicron.

Antes de ser diagnosticada no Brasil, a ômicron XQ registrava apenas 56 casos confirmados no mundo, identificados em apenas dois locais: no Reino Unido (98% dos casos) e na Holanda (2%). O primeiro diagnóstico positivo foi em 12 de fevereiro.

O tempo desde o primeiro caso notificado e o baixo número de diagnósticos mostra que a nova subvariante não decolou, como afirma Salmo Raskin, médico geneticista e diretor do laboratório Genetika, de Curitiba:

“Nenhuma das subvariantes recombinantes emplacou. Elas não estão mostrando capacidade de se sobrepor às linhagens principais da ômicron. Não há motivo para preocupação”, diz o médico.

Para o especialista, o surgimento de uma nova subvariante é a prova de que o coronavírus continua circulando na população mundial.

“O surgimento de uma variante recombinante se dá quando o paciente se infecta ao mesmo tempo por duas linhagens. Isso mostra que o vírus continua sendo transmitido e que a pandemia não acabou”, alerta Raskin.

Devido ao número baixo de casos confirmados da nova subvariante, ainda não há informações sobre os sintomas específicos da cepa recombinante. Raskin acredita, no entanto, que os sintomas são semelhantes aos da ômicron BA.1.1 e BA.2:

— Dor de garganta
— Coriza ou congestão nasal
— Cansaço ou fadiga
— Dor no corpo
— Febre
— Tosse seca

Por conta do baixo número de casos, ainda não houve estudos que demonstrem a capacidade de transmissão ou a letalidade da nova subvariante.

Casos e mortes

O Brasil registrou nesta quinta-feira (5) mais 151 mortes pela covid nas últimas 24 horas, totalizando 663.967 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel nos últimos 7 dias é de 97. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +3%, tendência de estabilidade.

O País também registrou 21.112 novos diagnósticos da doença no último dia, completando 30.520.289 casos conhecidos desde março de 2020. Dessa forma, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 15.087, variação de +15% em relação a duas semanas atrás. Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no dia 31 de janeiro deste ano.

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

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