Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de janeiro de 2025
A busca por tratamentos para o controle do peso e do diabetes tem levado muitos a optarem por medicamentos como o Ozempic, cujo crescimento nos últimos anos é exponencial. Estudos já mostram, entretanto, que o medicamento pode levar a alguns efeitos adversos, como uma doença ocular grave, flacidez, e, mais recentemente, perda de massa muscular.
O Ozempic, cujo princípio ativo é a semaglutida, é altamente eficaz no controle glicêmico e na promoção da perda de peso, com rápida eliminação de gordura.
“O emagrecimento rápido causado por esses produtos pode levar a uma significativa perda de massa muscular, o que traz riscos à saúde musculoesquelética, especialmente em pessoas que já possuem condições de fragilidade ou praticam pouca atividade física”, afirma Thiago Lima, ortopedista da Casa de Saúde São José.
O Ozempic faz parte de uma classe de medicamentos chamada agonistas do receptor GLP-1, utilizados no tratamento do diabetes tipo 2 e, mais recentemente, na gestão do peso. Comprovado em estudos clínicos, o medicamento é capaz de reduzir o peso corporal em até 14,9% após 68 semanas de tratamento.
“A preservação da massa muscular é fundamental para manter a saúde metabólica e prevenir complicações no futuro, como perda de mobilidade e problemas articulares, especialmente em pacientes mais velhos. A combinação de perda de peso com exercícios de resistência é uma forma eficaz de minimizar esses riscos”, alerta o ortopedista.
Os profissionais de saúde recomendam que a perda de peso seja acompanhada de perto por especialistas, com foco em estratégias para preservar a musculatura, como exercícios resistidos (atividade que aumenta a força dos músculos com o levantamento de pesos ou o uso de faixas elásticas) e uma alimentação rica em proteínas.
Concorrente nacional
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, no final do ano passado, a produção e venda de dois novos medicamentos análogos de GLP-1, mesma classe do Ozempic, pela farmacêutica EMS. Olire, para o tratamento de obesidade, e Lirux, para o controle da diabetes tipo 2, estarão disponíveis nas farmácias brasileiras a partir de 2025.
Os novos fármacos serão produzidos inteiramente em território nacional. A dose de Lirux terá até 1,8mg, ao dia, e será vendido em embalagens contendo uma, duas, três, cinco e dez canetas; já o Olire, com dose de até 3mg diários, será vendido individualmente, ou em pacotes de três ou cinco canetas.
(AG)
No Ar: Pampa Na Madrugada