Sábado, 23 de Novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 3 de setembro de 2022
Da serra e do litoral sul do Rio Grande do Sul vem os queijos e a bebida doce chamada jeropiga que estão pela primeira vez em exposição no Pavilhão da Agricultura Familiar, na Expointer.
“Nós temos vendido muito bem a jeropiga, uma bebida feita de uva, parecida com o licor. O pessoal não conhece e quem prova gosta muito”, afirma o produtor Hermes da Silva Dias, da Agroindústria Costa Dias, da Ilha dos Marinheiros, em Rio Grande. A bebida, de origem portuguesa e fabricação artesanal, é patrimônio imaterial cultural da cidade de Rio Grande. Henrique conta que a história remonta ao seu tataravô, José de Oliveira e Silva, que começou a produção apenas para consumo. “Por gerações foi assim, a gente produzia apenas para o próprio consumo. Só agora, eu, minha esposa Rosângela e meu filho Gabriel resolvemos transformar esta produção em uma atividade rentável”, destaca. A agroindústria teve seu registro liberado em 2020.
Nestes dias mais frios, como o deste sábado (03) no Parque de Exposições em Esteio, que teve mínima de 8ºC, as vendas de quentão, outro produto comercializado pela agroindústria, aumentam bastante. “Quentão é bom no frio né? Só para se ter uma ideia, no último domingo, que também fez frio, vendemos 60 litros de quentão no copo”, comemora Henrique. “E devemos vender entre 80% e 90% de tudo o que trouxemos para cá, entre vinhos, jeropiga e quentão. Muito bom para uma primeira participação na Expointer”, afirma.
Do extremo sul para a serra gaúcha. É de lá que vem os queijos da agroindústria Alvorada Missioneira, de Canela, que também participa pela primeira vez da feira. “Está sendo uma experiência muito boa, já tivemos que ir a Canela duas vezes para buscar mais queijo. Nós devemos vender em torno de 800 quilos nos nove dias”, constata o produtor Vanderlei Kaefer.
A queijaria coleciona prêmios desde 2018, sendo o último a medalha de prata na Expoqueijo Brasil, um concurso internacional que ocorreu em Araxá (MG), em maio deste ano. “Os nossos queijos são autorais, são receitas elaboradas por nós. É uma pegada diferente”, conta. “A história começou em 2010, quando cheguei a Canela com uma mochila verde e uma rescisão de 800 reais no bolso. A partir daí, começamos a trabalhar muito, lembro que cada queijo vendido valia por um tijolo na obra que estávamos construindo”, lembra o produtor. “E hoje estamos colhendo os resultados deste esforço”, comenta.
O Pavilhão da Agricultura Familiar conta com 337 empreendimentos, entre comerciantes de queijos, salames, cucas, pães, geleias, doce de leite, iogurtes, erva-mate, sucos, vinhos e cachaças, além de flores e artesanato. Até sexta-feira (02), o Pavilhão comercializou R$ 5.591.526,54, um aumento de 61% em relação a 2019, última feira antes da pandemia.
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