Domingo, 23 de Fevereiro de 2025

Home Brasil Pedido de acesso a cartão de vacina de Bolsonaro foi o início da investigação sobre tentativa de golpe de Estado

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A investigação sobre a tentativa de golpe de Estado que culminou em 34 denunciados pela Procuradoria-geral da República (PGR) na terça-feira (18) começou com um procedimento preliminar na Controladoria-geral da União (CGU). O primeiro passo desse novelo foi um pedido de Lei de Acesso à Informação para obter o cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ainda em 2022, o ex-ministro da CGU Wagner do Rosário levantou as informações do cartão de vacinação de Bolsonaro e constatou haver três registros de vacina contra a Covid, apesar das declarações contrárias à imunização pelo ex-presidente. Quando passou o bastão para o seu sucessor, Rosário o alertou sobre a situação e Vinicius de Carvalho abriu uma Investigação Preliminar Sumária (IPS) em 25 de janeiro de 2023.

Com o avançar do IPS, a CGU comunicou a Polícia Federal (PF) que, em 3 de maio de 2023, deflagrou a Operação Venire. Na ocasião, prendeu o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e apreendeu o seu celular.

A partir daí, a PF encontra uma série de evidências que vão estruturar e dar o caminho para operações posteriores envolvendo o caso das joias, e também da tentativa de golpe de Estado.

Por conta das provas identificadas em seu celular que atestam a participação do general Lourena Cid, pai de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens decide delatar. O acordo é assinado em 28 de agosto de 2023.

Em 8 de fevereiro de 2024, a PF avança e deflagra a Operação Tempus Veritatis, tendo os militares como alvo. É nessa ocasião que o general Mário Fernandes, apontado como o autor do plano “Punhal Verde e Amarelo”, é alvo de busca e apreensão. Na sequência, os ex-comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutina, Baptista Júnior, confirmam em depoimento a pressão de Bolsonaro pelo golpe de Estado.

De posse já do plano “Punhal Verde e Amarelo”, a PF deflagra a operação Contragolpe, tendo como principais alvos os militares das Forças Especiais, conhecidos como “kids pretos”. Mauro Cid é convidado a prestar novo depoimento para esclarecer evidências já identificados pelos investigadores, mas omitidas por pelo ex-ajudante de ordens até então. É quando ele fala sobre o dinheiro fornecido pelo general Braga Netto em uma caixa de vinho e da tentativa dele de ter acesso ao que havia sido dito na delação.

Como um dos últimos atos da investigação, Braga Netto é preso em dezembro de 2024. E agora, em fevereiro, a PGR apresenta a denúncia contra 34 investigados. As informações são do portal G1.

 

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